Cistos de dinoflagelados das formações Gramame e Maria Farinha – seção maastrichtiana-paleocênica da Bacia da Paraíba: uma análise taxonômica, bioestratigráfica e paleoecológica
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Geociencias |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29336 |
Resumo: | Esta tese apresenta o estudo palinoestratigráfico, com ênfase nos cistos de dinoflagelados, realizado em três afloramentos (pedreiras Cipasa, Nassau e Poty) representativos da seção maastrichtiana/paleocênica (formações Gramame e Marinha Farinha), da Bacia da Paraíba. Foram identificadas 96 espécies de cistos de dinoflagelados. Outros palinomorfos, como os miósporos e palinoforaminíferos, foram considerados nas análises palinológicas, apoiando as interpretações bioestratigráficas e paleoambientais. Os cistos de dinoflagelados contribuíram com a definição de seis zonas: zonas Adnatosphaeridium buccinum, Yolkinigymnium lanceolatum e Dinogymnium spp., no Maastrichtiano e zonas Disphaerogena carposphaeropsis, Cerodinium diebelii e Damassadinium californicum, no Paleoceno. Zonas de miósporos também foram propostas para respaldar o biozoneamento supracitado: zonas Ariadnaesporites spinosus e Gabonisporis vigourouxii, do Maastrichtiano e zona Echitricolpites communis, do Paleógeno. A distribuição das frequências relativas do ecogrupos de cistos de dinoflagelados caracterizou, no Cretáceo superior, um ambiente predominantemente nerítico externo, com base na ocorrência do grupo Operculodinium associado aos complexos Spiniferites-Achomosphaera-Hafniasphaera e Cordosphaeridium-Disphaerogena. No Paleógeno, a dominância da associação Operculodinium-Glaphyrocysta-Fibrocysta infere a deposição em ambiente nerítico interno. Neste intervalo, as análises quantitativas fundamentadas nas relações entre os palinomorfos terrestres e marinhos evidenciaram uma maior influência do continente no ambiente deposicional. A palinoflora caracterizada na seção avaliada aponta a dominância de climas quentes e úmidos. A relevante contribuição dos esporos de pteridófitas, na seção Cretáceo/Paleógeno, corrobora esta interpretação. Quanto à associação de cistos de dinoflagelados, os gêneros peridinioides cretáceos indicam uma relação com águas tropicais a subtropicais, situada no domínio de Tétis. |