Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
TENÓRIO, Luís Henrique Sarmento |
Orientador(a): |
SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29727
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Resumo: |
A obesidade e a asma compartilham alterações que podem ter início na fase do desenvolvimento fetal. Em crianças e adolescentes, o sobrepeso/obesidade associado a asma apresenta um padrão de resposta inflamatória diferenciado, onde citocinas pró-inflamatórias e a leptina parecem estar interligadas na cascata de inflamação nesses indivíduos podendo impactar no sistema respiratório. Nesse ambiente, possíveis alterações da cinética do músculo diafragma podem influenciar direta e negativamente na dinâmica da ventilação pulmonar de forma significativa. O objetivo deste estudo foi avaliar a mobilidade diafragmática (Mobᵢₐ), espessura diafragmática relaxado (Eᵣₑₗ) e espessura diafragmática contraído (Eₒₙₜ) em crianças e adolescentes sobrepeso/obesos-asmáticos e verificar o contexto de citocinas, leptina, função pulmonar e da força e resistência muscular respiratória associadas a esta condição. A amostra foi selecionada por conveniência, com coleta de dados nos ambulatórios de Endocrinologia Pediátrica, Alergia e Imunologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e dos ambulatórios de Endocrinologia Pediátrica e Pneumologia do Instituo Materno Infantil de Pernambuco, entre agosto de 2016 a novembro de 2017. Foram avaliados 85 crianças e adolescentes. Aplicados os critérios de inclusão e exclusão, 23 foram alocados no grupo obeso (OB), 20 no grupo asma (ASM), 17 no grupo sobrepeso/obesidade-asma (SOBASM) e 17 no grupo controle (CN). O grupo SOBASM apresentou diferença significativa em relação ao grupo CN nas seguintes variáveis: idade (p=0,007); peso (p=0,004); altura (p=0,005); índice de massa corpórea (IMC) (p<0,0001); Z-score (p<0,0001); massa gorda (p<0,0001); percentual de gordura (p<0,0003); circunferência abdominal (p<0,0001); índice cintura-quadril (p<0,0132); leptina (p<0,001). Dentre as variáveis da cinética diafragmática: Quando controlado por IMC ou asma, a Mobᵢₐ não apresentou diferença significante entre os grupos. Entretanto, a Eᵣₑₗ e a Eₒₙₜ foram maiores no grupo OB vs. CN (p=0,002). Houve correlações positivas, significativas, das variáveis idade, peso, altura e massa magra com a Eₒₙₜ (r=0,490, r=0,529, r=0,698 e r=0,582 respectivamente) no grupo SOBASM. Também no grupo SOBASM houve correlações significativas entre as variáveis espirométricas onde capacidade vital forçada (CVF), capacidade vital inspiratória forçada (CVIF), volume inspiratório forçado no primeiro segundo (VIF1) e a Mobᵢₐ (r=0,534, r=0,515, r=0,539 respectivamente) e ainda da Eₒₙₜ com as variáveis espirométricas CVF, volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF₁), CVIF e VIF₁ (r=0,481, r=0,580, r=0,460 e r=0,445 respectivamente). O grupo SOBASM apresentou uma maior relação IL-4/TNFα quando comparado ao grupo OB (p=0,001) e ao grupo CN (p=0,0003). Como conclusão observamos que a asma e obesidade não apresentam influência na mobilidade diafragmática em crianças e adolescentes. Entretanto, a espessura diafragmática relaxada e a espessura em respiração profunda, componente da cinética diafragmática, podem ser influenciadas negativamente pelo acúmulo de gordura intramuscular em crianças e adolescentes com sobrepeso/obesidade e asma. Além disso, a espessura diafragmática, pode ser parcialmente influenciada pelos níveis da IL-4 em crianças e adolescente com sobrepeso/obesidade-asma. |