Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MARINHO, Ketsia Sabrina do Nascimento |
Orientador(a): |
SANTOS, Noemia Pereira da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17877
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Resumo: |
O ácido úsnico, composto resultante do metabolismo secundário liquênico apresenta relevantes atividades biológicas e diversos casos de hepatotoxicidade já relatados. O desenvolvimento de alternativas inovadoras, a exemplo da encapsulação do ácido úsnico em microesferas, permite aumentar a eficiência terapêutica e diminuir os seus efeitos tóxicos. Ensaios pré-clínicos sobre o ciclo reprodutivo são necessários para a incorporação de novas moléculas na indústria farmacêutica, determinando as condições de uso seguro para a saúde. Em vista disto, este trabalho objetivou a investigação do potencial teratogênico do ácido úsnico encapsulado em microesferas de copolímero de ácido láctico e glicólico, como uma maneira de minimizar os seus efeitos tóxicos no organismo em desenvolvimento. As microesferas contendo ácido úsnico foram preparadas utilizando a técnica de emulsão múltipla (A/O/A), seguida de evaporação do solvente, e caracterizadas através da eficiência de encapsulação. No estudo experimental de toxicidade foram utilizadas 12 ratas Wistar, que foram submetidas ao estudo do ciclo estral no intuito de se determinar o período fértil, e em seguida, pareadas com machos (2:1). Após a confirmação da gestação, as fêmeas foram distribuídas aleatoriamente em grupos, controle (n=6) e tratado (n=6). As fêmeas do grupo controle receberam 1,0 mL de solução fisiológica; e as do grupo tratado receberam doses orais de 25 mg/kg/dia de ácido úsnico encapsulado em microesferas (MS-AU) durante o período da organogênese, pela via oral de administração (gavagem). Ao 20° dia de gestação as fêmeas foram sacrificadas e seus fetos retirados, analisados e pesados juntamente com sua respectiva placenta. O efeito causado pelo tratamento com as MS-AU foi avaliado através da variação de peso corpóreo, peso do fígado, análises bioquímicas e análises histomorfométricas do fígado. As microesferas contendo ácido úsnico apresentaram-se com uma eficiência de encapsulação de 99,0 ± 0,82 %. Foi observada uma redução (86,12 ± 20,69) de cerca de 22% no ganho de peso durante a gestação quando comparado às ratas prenhes não tratadas (110,85 ± 10,03). Não houve diferença no peso dos fígados em todos os grupos de animais. Não houve alterações significativas nas enzimas aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase após o tratamento dos animais com o MS-UA. Os fetos provenientes dos animas tratados com MS-AU durante a prenhez, apresentou uma diminuição significativa no peso médio (4,65 ± 0,41) em relação aos não tratados (4,85 ± 0,35), no entanto, não foi observado nenhum tipo de malformação externa. A análise microanatomia do fígado das ratas prenhes do grupo controle e grupo experimental estavam dentro dos padrões de normalidade. Apesar disso, as análises histomorfométricas revelaram um aumento no número total de hepatócitos, com médias celulares entre o grupo experimental e o controle (37,56 ± 7,94; 35,48 ± 6,00, respectivamente). Como também uma diminuição significativa no tamanho médio do núcleo destes hepatócitos (55,89 ± 13,00 μm2), quanto aos demais animais do grupo controle (58,25 ± 13,00 μm2). Porém, nenhuma alteração foi observada para as células de kupffer e área celular dos hepatócitos. Na análise histomorfométrica do fígado dos fetos obtidos das ratas prenhes expostas as MS-AU foi observado um aumento significativo (43,31 ± 7,17) de aproximadamente 13% na quantidade de hepatócitos em relação aos animais não tratados; e uma diminuição (0,04 ± 0,26) de cerca de 56% no número de megacariócitos, comparado ao grupo controle (0,09 ± 0,37). Os dados aqui apresentados demonstram que a administração de MS-AU na dose de 25 mg/kg é capaz de induzir fetotoxicidade no período da organogênese. Porém, não sendo suficiente ao ponto de causar efeitos teratogênicos como foi evidenciado para o composto na sua forma livre em estudos anteriores. Estes resultados sugerem que a encapsulação do ácido úsnico ajuda a diminuir os efeitos tóxicos causados pela sua exposição em um período tão suscetível ao aparecimento de efeitos teratogênicos. |