Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Eduardo Araripe Pacheco de |
Orientador(a): |
REESINK, Edwin Boudewijn |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19111
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Resumo: |
Uma série de relatos sobre episódios violentos protagonizados por Torcidas Organizadas nos estádios de futebol do Brasil foram registradas durante a década de 1990, promovendo grande repercussão na mídia e opinião pública nacionais, incentivando pesquisadores e teóricos do futebol a centrarem suas análises nas possíveis relações entre violência no futebol e Torcidas Organizadas. Este estudo tem como objetivo analisar as práticas de sociabilidades entre os torcedores organizados dos clubes de futebol de Recife/PE. Além de possibilitar que as causas geradoras da violência nos estádios sejam problematizadas sob perspectivas históricas e sociológicas, a relevância deste trabalho privilegia umaperspectiva antropológica ao propor um “outro olhar” sobre o fenômeno das Torcidas Organizadas. Através desse olhar relativizador, buscamos analisar e compreender as três maiores Torcidas Organizadas da cidade de Recife/PE através de sua organização social, suas práticas de sociabilidades e pelas repercussões causadas na dinâmica atual da forma de torcer nos estádios brasileiros. Ao imergirmos no campo da pesquisa, através das técnicas antropológicas de observação participante, interlocuções e entrevistas com torcedores -além da análise de dados secundários como documentos, estatutos e registros disponibilizados por órgãos públicos responsáveis pela organização do futebol em Pernambuco, possibilitou-nos compreender que esses grupos sociais –as Torcidas Organizadas, ao longo das últimas duas décadas, criaram novas possibilidades de interação, coesão e manutenção grupal. O estudo por fim, revela que as Torcidas Organizadas de futebol podem ser vistas não apenas como meros espectadores do futebol arte, e menos ainda, como potenciais protagonistas da violência urbana; o que oferecemos com nosso relato, é uma perspectiva de entender o fenômeno, não de forma apriorísticae determinista, mas como um campo fértil, rico em possibilidades e aberto a outros estudos, análises e pesquisas antropológicas. |