Visualidades e peripécias transgressoras do folguedo La Ursa em João Pessoa- PB

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: ARANHA, Camilo de Figueiredo
Orientador(a): NASCIMENTO, Erinaldo Alves do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13042
Resumo: Visualidades e peripécias transgressoras do folguedo La Ursa em João Pessoa é uma pesquisa que analisa os processos que envolvem a construção de conhecimentos desse rito de natureza dramática da cultura popular, que acontece às vésperas dos festejos carnavalescos em alguns estados da Região Nordeste do Brasil e durante eles. A principal característica dessa folgança é a figura de um ”Urso” com uma cuia na mão e segurado por uma corda pelo domador que, acompanhado por uma batucada, apresenta um bailado nas ruas e em outros locais públicos, interpelando transeuntes que encontra pelo caminho a fim de se divertir e conseguir alguns “trocados”. A investigação analisa como e quais tipos de educação atuam na produção do ensino e da aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos dos grupos “Macaco louco do Rangel” e “Urso amigo batucada”, durante a elaboração das visualidades e das performances realizadas nessa brincadeira vivenciada no Bairro do Rangel. Assim, por meio de uma abordagem qualitativa do tipo etnográfica, os dados foram coletados usando-se instrumentos como entrevistas, registros fotográficos e observações diretas sobre a preparação e a atuação desses grupos. A pesquisa se fundamenta em referenciais teóricos baseados nos princípios da Cultura Visual e da Antropologia do Cotidiano, pautadas em reflexões sobre o carnaval brasileiro. Seu resultado evidencia, a partir da análise dos grupos investigados, a existência de dois tipos de educação: uma informal e outra não formal. Ambas envolvem a construção de visualidades compostas por elementos estéticos, sonoros e performáticos. O primeiro tipo de educação atua de forma espontânea, por meio do improviso, apenas para fins de entretenimento, enquanto a outra é vivenciada profissionalmente e atende a diversos fins, como: diversão, competição e ação social. No entanto, ambas atuam como formas de resistência da cultura popular, promovendo a difusão e a renovação de valores dessa manifestação artística e suas estratégias de sobrevivência, experiências construídas na prática cotidiana e no ato de interagir e de brincar de “La Ursa”. Entendemos que essas formas de manifestação artística têm uma importância fundamental na construção de conhecimento para promover e valorizar o folguedo “La Ursa” e que as bases teóricas da Educação pela Cultura Visual tem importante papel social nesse processo, uma vez que atuam como uma ferramenta fundamental para uma compreensão crítica desses posicionamentos, que ajuda a entender e valorizar as visualidades imagéticas desse folguedo produzidas no campo da arte e da cultura.