Produtividade fitoplactônica e hidrologia no ecossistema recifal de Porto de Galinhas (Pernambuco- Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: MACHADO, Raquel Correia de Assis
Orientador(a): FEITOSA, Fernando Antonio do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8288
Resumo: A praia de Porto de Galinhas, situada no litoral sul de Pernambuco, Brasil, cerca de 50 Km de Recife, possui formações recifais que compõem piscinas naturais de extrema beleza, e por isso, sofre atualmente uma intensa atividade turística, sendo uma das praias mais visitadas do nordeste brasileiro. Com o intuito de contribuir no monitoramento da qualidade ambiental da área, analisou-se a produtividade e a biomassa fitoplanctônica e alguns parâmetros hidrológicos. Foram realizadas coletas de água na superfície com garrafa de Kitahara, em três meses do período de estiagem e três meses do período chuvoso de 2006 em três pontos fixos, durante a baixa-mar e preamar de um mesmo dia. Também se analisou a variação diurna da biomassa fitoplanctônica e parâmetros hidrológicos em um ponto fixo, nos períodos de estiagem e chuvoso em estágios de maré vazante, baixa-mar, enchente e preamar. Temperatura, salinidade, transparência, oxigênio dissolvido e sua taxa de saturação apresentaram valores maiores no período de estiagem, enquanto que material particulado em suspensão, nitrito, pH, produtividade e taxa de assimilação apresentaram valores maiores no período chuvoso. Baseado na análise de componentes principais, a pluviometria correlacionou-se diretamente com material particulado em suspensão, nitrito e produtividade e inversamente com oxigênio dissolvido, sua taxa de saturação, temperatura e transparência. O ecossistema recifal ainda encontra-se isento de poluição orgânica, variando de oligotrófico (período de estiagem) a eutrófico (período chuvoso) e a pluma do rio Maracaípe foi capaz de interferir na área no período chuvoso. A fração menor que 20 μm (pico e nanofitoplâncton) foi a que mais contribuiu tanto em termos de biomassa como em produtividade. Os parâmetros ambientais oscilaram mais em relação à sazonalidade do que em relação às diferentes horas do dia e dos estágios de maré. A presença de muros de contenção à beira-mar interferiu na dinâmica ambiental. Apesar do ecossistema recifal sofrer forte impacto devido à intensa atividade turística local, esta não foi percebida no ambiente pelágico