Irradiação gama no controle bacteriológico do tomate (Lycopersicon esculentum Mill) comercializado no CEASA-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cláudia Valério Vicalvi, Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9614
Resumo: O tomate é um dos frutos mais consumidos no mundo. Está entre os produtos agrícolas recordistas em perdas, em razão da sua elevada perecibilidade. Apesar disso, são escassos os estudos referentes à conservação pós-colheita de tomates. São ainda indefinidas as tecnologias e o tempo de vida útil para os diferentes cultivares desse fruto. Sua contaminação se dá desde o período pré-colheita até o pós-colheita. As doenças veiculadas por alimentos contaminados com micro-organismos patogênicos são um grave problema de saúde pública. As bactérias da família Enterobacteriaceae e Micrococcaceae são as responsáveis pelos grandes surtos de gastrenterites em seres humanos, que podem ocorrer devido à bactéria per se ou por toxinas produzidas. O desenvolvimento de tecnologias que tornem o alimento seguro para o consumo humano vem crescendo nos últimos anos. Os métodos de preservação do alimento empregam processos físicos ou químicos. A irradiação consiste num método físico preventivo de segurança alimentar que pode reduzir as perdas do pós-colheita eliminando pragas de insetos em frutas, grãos, ou temperos, eliminando organismos deteriorantes de alimentos, inibindo o brotamento de vegetais e retardando o amadurecimento de frutas. Objetivando avaliar o potencial esterilizante das doses de 1,0; 1,5; e 2,0 kGy de radiação ionizante oriundas do Cobalto-60 em tomates comercializados no CEASA-PE fizemos a contagem geral em UFC/g, isolamos, identificamos e testamos a susceptibilidade à antimicrobianos do controle e nas amostras irradiadas e observamos o tempo de vida de prateleira dos tomates antes e após o uso da radiação.Utilizamos três lotes contendo 80 tomates cada um. 20 foram destinados ao grupo controle e 20 tomatesforam destinados para cada dose de radiação. Para a análise microbiológica os tomates foram cortados, sendo retiradas as cascas e estas foram pesadas, a fim de obter amostras pesando 25g. Cada amostra foi transferida a um Erlenmeyer contendo água esterilizada, agitando-se o conjunto por 15 minutos. Alíquotas das águas de lavagem foram semeadas por esgotamento nos meios Agar sangue de carneiro, nos seletivos e diferenciais.Os experimentos foram realizados no período de Agosto/2010 a Março/2011 no Laboratório de Fármacos e Ensaios Antimicrobianos do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco. Após crescimento, foram realizadas as contagens de colônias, o isolamento e a identificação. As provas de susceptibilidade a antibióticos foram realizadas segundo o CLSI (Clinical Laboratory Standard Institute). O tempo de vida de prateleira foi observado de sete em sete dias. Os resultados revelaram contaminação em todos os grupos de tomates analisados. Isolamos e identificamos 16 espécies de enterobactérias e 11 de Staphylococcus spp. Os micro-organismos apresentaram sensibilidade à maioria dos antibióticos testados. A análise estatística mostrou que houve diferença estatística significantiva (p < 0,05) entre o grupo controle e os grupos que foram irradiados quanto à esterilização dos tomates. Os tomates irradiados tiveram um acréscimo significativo no tempo de vida de prateleira. Concluiu-se que a dose de 2,0 kGy foi a mais eficiente para a esterilização e o aumento de vida de prateleira dos tomates