Impactos ambientais da vulnerabilidade dos trabalhadores nas casas de farinha no Agreste Pernambucano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BARROS JÚNIOR, Antônio Pacheco de
Orientador(a): SOUZA, Werônica Meira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17209
Resumo: As casas de farinha são unidades produtivas que realizam o beneficiamento da mandioca, para produção da farinha. O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar os impactos da vulnerabilidade social, econômica e ambiental dos trabalhadores nas casas de farinha no Município de Lajedo, localizado no Agreste Meridional de Pernambuco. Foram pesquisadas 17 (dezessete) casas de farinha que se encontravam em funcionamento no período de investigação, que ocorreu no mês de fevereiro de 2015. A metodologia contemplada envolveu as seguintes etapas: levantamento bibliográfico, caracterização da área de estudo, interpretação de dados cartográficos, registro fotográfico, gravações de áudio e uso do receptor GPS para coleta da coordenada geográfica de cada casa de farinha. Foram aplicados 71 questionários com trabalhadores, 17 com os proprietários das casas de farinha e entrevista com representante da Prefeitura Municipal de Lajedo. Os resultados obtidos indicaram que apenas uma casa de farinha possui licença ambiental. Todas as casas de farinha estão classificadas no tipo modernizado. Os trabalhadores das casas de farinha pesquisadas apresentam altos índices de vulnerabilidade social, econômica e ambiental, revelando que os empreendimentos possuem uma vulnerabilidade global muito alta. Os principais impactos são: poluição atmosférica, geração de efluentes, uso da lenha como matriz energética, falta de higiene, insalubridade e exposição a riscos físicos, geração de resíduos sólidos e a baixa remuneração e escolaridade dos trabalhadores. A omissão do Estado no fomento de políticas sociais deixa esses trabalhadores sobrecarregados e, por isso, não conseguem romper com o meio em que estão inseridos, pois já nasceram dentro de uma exclusão social imperativa do modelo capitalista da concentração de renda.