Estudo da sonolência diurna em pacientes com doença de Parkinson utilizando o teste das múltiplas latências do sono

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Marcelo Ataide de
Orientador(a): Lins, Otávio Gomes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12553
Resumo: Os distúrbios do sono são uma das principais manifestações não motoras dos pacientes com Doença de Parkinson (DP) expressando-se clinicamente de forma variada, desde a fragmentação do sono até quadros complexos como os Distúrbios Comportamentais do Sono REM. Estudos têm descrito alterações neurofisiológicas do sono noturno, em grande parte havendo desorganização em sua arquitetura, porém pouco se sabe sobre as características do sono diurno. O objetivo dessa dissertação é estudar as características do sono durante o cochilo diurno em pacientes com DP, analisando como é seu início, as características de sua estrutura e a forma em que se apresenta a sincronização da atividade motora e eletrencefalográfica (EEG), através da análise dos parâmetros do Teste das Múltiplas Latências do Sono e de possíveis fatores influenciadores. Amostra foi constituída de 22 pacientes com DP, ambos os sexos, idade acima de 40 anos. Foi utilizado um aparelho digital com quatro canais ativados de EEG para registro da atividade elétrica cerebral, além de canais para os movimentos oculares e para o tônus muscular mentual durante o sono diurno. Feita a leitura dos registros dos cochilos, estagiando a presença de vigília ou sono, latência e estágio de início do sono (NREM ou REM) e sua arquitetura (estágios). Foi realizado o estudo do tônus muscular em quinze pacientes com DP e oito controles saudáveis, sendo a atividade muscular mentoniana medida de pico a pico, a cada 30 segundos, durante a vigília e as fases de sono. Após a análise da correlação entre vários fatores como tempo de doença, sintomas motores, tratamento e distúrbios de sono com a latência do sono diurno, apenas o uso de medicamentos agonistas dopaminérgico resultou em uma redução significativa da latência do sono (12,5 ± 4,9 vs 18,9 ± 1,9 minutos, p=0,005). Aproximadamente um quarto dos pacientes apresentou uma falsa percepção do sono, sendo a acurada percepção mais significativa nos registros com menores latências do sono (6,2 ± 3,9 vs 12,6 ± 5,9 minutos, p < 0,001). Parkinsoninanos apresentaram tônus muscular maior que os controles durante todas as fases do sono (não significativo), porém com manutenção do decremento fisiológico durante as fases iniciais do sono. O efeito de medicações agonistas dopaminérgicos exerceu influência promotora sobre o sono diurno em parkinsonianos. A percepção do sono dependeu da latência do sono diurno. Os parkinsonianos preservaram a flutuação fisiológica do tônus muscular nas transições entre vigília-sono e entre fases do sono diurno no início dos sintomas motores.