Inclusão e constituição do sujeito com paralisia cerebral no cotidiano de uma pré-escola
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28121 |
Resumo: | Desenvolvem-se reflexões sobre o processo de inclusão de uma criança com paralisia cerebral (de nome fictício Laura, também denominada de sujeito focal) matriculada numa escola pública regular em Maceió, Alagoas. Investiga-se sua constituição enquanto sujeito na sala de aula, com atenção para as significações produzidas nas interações criança-criança e adulto-criança. O material empírico resultou de estudo longitudinal desenvolvido em seis meses através: da observação videogravada das atividades pedagógicas registrando as interações de dezesseis crianças e professoras, procedendo recortes por episódios, analisados numa perspectiva microgenética; entrevistas semiestruturadas com a família de Laura (mãe e avó) e com suas três professoras (duas docentes – regente e auxiliar que atuaram em sua sala de aula e a terceira do atendimento educacional especializado) e registros em diário de campo. As entrevistadas foram submetidas à análise de conteúdo temático. Os registros em diário de campo consubstanciaram as análises oferecendo caracterização adicional do contexto da escola. As análises permitem considerar que as interações no cotidiano da inclusão estão repletas de significações que indicam a prontidão de crianças em acompanhar demandas do sujeito focal, através de manifestações de cuidado e disposição para seu ensino tentando atuar em coparticipação com as professoras. Estas apresentam dificuldades para aceitar a coparticipação das crianças nas interações partilhadas com o sujeito focal, podendo-se destacar a rigidez com que perseguem seus objetivos pedagógicos em detrimento dos arranjos interacionais nas trocas intragrupais entre os diversos parceiros, nas diversas situações programadas de aprendizagem. Entrevistas com a família e professoras indicam mudanças de percepção sobre o desenvolvimento de Laura atribuídas a sua frequência escolar e participação nas atividades pedagógicas. Defende-se o uso reflexivo das análises de episódios de interação na formação de professores na educação infantil para aprimorar práticas no campo da educação inclusiva. |