Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
SARAIVA, Antonio Marcos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10168
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Resumo: |
Schinopsis brasiliensis Engl. (Baraúna) é árvore endêmica da região semi-árida do Brasil usada na medicina popular como antiinflamatório, no tratamento da gripe, febre, tosse, diarréia, disenteria, feridas e micoses superficiais. As microemulsões (ME) são sistemas reservatórios no qual a fase interna é um microambiente dimensionalmente restrito, com propriedades particulares, que podem ligar ou associar moléculas de diferentes polaridades. O objetivo deste trabalho foi avaliar o extrato seco metanólico das folhas de Schinopsis brasiliensis (ExmSb) e este microemulsionado (ExMESb). Os estudos farmacognósticos avaliaram o poder antioxidante por DPPH, a toxicidade contra Artemia salina, o conteúdo fenólico por Folin-Ciocalteu, a técnica de bioautografia foi usada para identificar o Rf dos possíveis compostos, com atividade antimicrobiana, para posterior isolamento e elucidação estrutural. A atividade antimicrobiana foi pela técnica de poços/difusão em agar e a concentração inibitória mínima por diluição em ágar e caldo. Realizou-se desenvolvimento e caracterização físico-química do ExMESb. Estudou-se a citotoxicidade e ação cicatrizante do ExMESb. A capacidade eficiente de ExMESb foi de 99,78%, visualizado na concentração de 10 mg/ml. O tamanho de partícula de ExMESb foi de 80,2 nm e da microemulsão (ME) de 44,7 mm. O índice de Polidispersidade (IPD) 0,301 foi compatível com uma ME monodispersa do tipo isotrópica. A condutividade (651.67 mS) correspondente a uma preparação de óleo/água e o pH (6,14) considerado consistente para a via de administração (tópica). O potencial Zeta (-18,90 mV) de ExMESb correspondente ao esperado para uma preparação estável e a ME mostrou capacidade de encapsulação máxima de ExmSb de 25 mg/ml. O potencial antimicrobiano de ExmSb está diretamente relacionada ao seu conteúdo fenólico (825 mg SST / g), 55% consiste de tanino (455,81 mg SST/g) e 1,36% (11,29 mg RE/g) de flavonóides. A capacidade antioxidante foi CE50 = 8,80 mg/mL e controle positivo (ácido ascórbico) EC50 = 22,53 mg/mL. O ExmSb apresentou toxicidade moderada frente Artemia salina (705,54 mg / ml), justificada pela elevada presença de taninos. A atividade antimicrobiana do ExmSb contra bactérias e leveduras é estreitamente relacionando com conteúdo fenólico e potencial antioxidante, que foi confirmado pelo isolamento de dois fenóis do ExmSb ( -1 ,2,3,4,6-Pentagalloil-D-glucose - PGG e metil galato – MG). PGG e MG mostraram ação antimicrobiana contra as cepas de Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativo. Além disso, Escherichia coli (MG), Pseudomonas aeruginosa e Enterococcus faecalis (PGG). Neste estudo decitotoxicidade contra linhas de células cancerosas e saudáveis (macrófagos murinos) observou-se citotoxidade seletiva de ExmSb e ExMESb contra as linhagens neoplásicas, sendo que apresentou baixa citotoxicidade contra os macrófagos murinos. Conclui-se que o extrato seco metanólico das folhas de Schinopsis brasiliensis mostrou ser um importante produto com potencial antimicrobiano e antioxidante, enquanto a ME comportou-se como um veículo biocompatível e um promissor carreador de extratos de plantas. |