Taxonomia de Waltheria L. (Byttnerioideae, Malvaceae) no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: COUTINHO, Thales Silva
Orientador(a): ALVES, Marccus Vinícius da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41289
Resumo: Waltheria L. é um gênero de plantas heterostílicas atualmente circunscrito à família Malvaceae e subfamília Byttnerioideae, com distribuição majoritariamente em regiões tropicais, sendo o Brasil o principal centro de diversidade e endemismo. O objetivo deste trabalho é realizar um estudo taxonômico das espécies brasileiras do gênero, fornecendo uma listagem atualizada dos representantes no país, bem como informações sobre nomenclatura, morfologia, distribuição e conservação. O estudo foi realizado mediante análises de protólogos, exemplares físicos e imagens online de exsicatas contidos em diversos herbários nacionais e internacionais, além de espécimes coletados. Um total de 36 espécies de Waltheria é registrado para o Brasil, cujas espécies distribuem-se preferencialmente em áreas de Cerrado e Caatinga. Ao longo desta pesquisa, W. biribiriensis, W. glabribracteata, W. marielleae, W. mixta, W. saundersiae e W. terminans foram novas espécies descritas, e W. carmensarae e W. glomerata tem sua área de distribuição geográfica expandida para o Brasil. As flores brevistílicas de W. hoehnei e longistílicas de W. hatschbachii são apresentadas pela primeira vez. Quatro espécies são homostílicas e o restante distílica, com W. glabribracteata a única conhecida por suas flores longistílicas. Waltheria erioclada é reconhecida como um nome aceito, anteriormente sinônimo de W. indica. O Sudeste é a região com maior índice de ocorrência e endemismo, com 23 spp. e nove endêmicas, algumas delas ocorrendo apenas em campos rupestres de Minas Gerais. Waltheria cinerascens, W. communis e W. indica são as espécies mais polimóficas, e merecem mais atenção quanto à estudos taxonômico-integrativos. Seis nomes são considerados sinônimos, e 24 lectótipos são designados. Quatorze espécies são sinalizadas como sofrendo algum grau de ameaça segundo a IUCN. Waltheria não tem sido estudado do ponto de vista taxonômico nos últimos anos no Brasil, e sua diversidade tem sido subestimada. Este trabalho mostra que um olhar mais acurado sobre essas espécies tem revelado ainda questões a serem resolvidas, desde a morfologia até sua nomenclatura.