Conflito no sertão conselheirista: a relação do clero da Arquidiocese da Bahia com Antônio Conselheiro e seus adeptos (1873-1897)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Wanderlei, Leandro Aquino
Orientador(a): Miranda, Carlos Alberto Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11161
Resumo: O presente trabalho investiga as relações quase sempre conflitantes entre o clero da Arquidiocese da Bahia e Antônio Conselheiro e seus adeptos, nos sertões baianos e de Sergipe (1873-1897). Na segunda metade do século XIX teve início no Brasil importante movimento político-religioso do episcopado nacional: seu propósito consistia em redefinir a organização administrativa da Igreja de acordo com as diretrizes ultramontanas (centralização institucional) e de reordenar as práticas católicas conforme a orientação do Concílio de Trento (religiosidade sacramental). No desenvolvimento da tarefa reformadora, as dioceses do país não raro se chocaram com a religiosidade leiga e devocional dominante no catolicismo brasileiro do século XIX. Sob o influxo deste processo se estabeleceu o antagonismo entre o arcebispado da Bahia e a atuação religiosa de Antônio Conselheiro, seus seguidores e colaboradores. Ao longo da pesquisa foi analisada uma porção de cartas e de relatos produzidos por participantes ou observadores diretos dos acontecimentos, especialmente padres e missionários atuantes no sertão à época, e, também, os manuscritos do líder sertanejo. Com esta abordagem se buscou compreender o problema com ênfase nas ações e condições de vida dos sujeitos diretamente envolvidos.