Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Ana Renata Silva |
Orientador(a): |
CARNEIRO, Ana Rita Sá |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14903
|
Resumo: |
Baseada na noção de paisagem discutida pelo filósofo e geógrafo Augustin Berque (1994), de que ela não é uma coisa em si, mas a relação entre as coisas, uma relação que se manifesta como paisagem quando ganha um determinado sentido individual ou coletivo, esta pesquisa tem como objetivo investigar em que medida a relação entre a ferrovia e a serra das Russas, no agreste pernambucano, ganha sentido e se manifesta como paisagem para os diversos grupos envolvidos. Entendendo que a apreensão de uma paisagem implica numa certa “forma de ver”, que passa por todos os sentidos e não apenas o da visão, e de “dizer”, que diz respeito à linguagem verbal e compreende o pensamento e as palavras que o expressam, o método utilizado para a pesquisa lançou mão de procedimentos metodológicos como a pesquisa documental e a observação direta para a compreensão do objeto de estudo a partir das relações que ele estabelece com o meio e a sociedade no tempo e no espaço. A partir disso, as entrevistas semiestruturadas e os mapas mentais foram utilizados como técnicas que ajudaram a revelar em que medida essas relações estabelecidas ganham sentido e se revelam como paisagem nas suas dimensões objetivas e subjetivas para os diversos grupos envolvidos. A análise do material coletado revelou que, assim como preconiza Berque (1994), a paisagem, apesar de sua evidência, é uma invenção sempre nova da realidade e pode ser apreendida de modo diverso pelos indivíduos que com ela estabelecem relações distintas no tempo e no espaço. A paisagem é uma entidade extremamente complexa, que requer uma multiplicidade de olhares e abordagens. Sua identificação e gestão devem ser um esforço coletivo, incluindo não apenas o olhar técnico do especialista, mas o olhar de todos os envolvidos. Entender o trecho ferroviário da serra das Russas nessa perspectiva relacional pode abrir caminho para um reconhecimento mais amplo dos seus valores culturais. |