Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Conceição Moreira Soares, Cecilia |
Orientador(a): |
do Carmo Tinoco Brandão, Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/463
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Resumo: |
Reconstruir a trajetória religiosa de Mãe Cecília do Bonocô, fundadora do Terreiro Ilê Axé Maroketu, situado no bairro de Cosme de Farias, Salvador, no Estado da Bahia, é a finalidade desta Tese. A investigação privilegiou também buscar uma interpretação para os processos ritualísticos de inserção e práticas religiosas nos distintos momentos de sua vida, geralmente entrecruzados por simbolismos e ações que, longe de estabelecerem rupturas entre esses universos, mantinham-na ligada a práticas mágicas e diversas tradições de candomblés. A partir de sua história de vida, estabeleceu-se uma compreensão que norteou suas relações com as divindades afro-brasileiras, processo que continua presente na memória de sua comunidade. Com efeito, Cecília Brito ou Cecília do Bonocô, foi e continua sendo lembrada como exímia olhadeira em copo d´água e pela força Axé do seu Orixá Obaluaê. A escolha do título Encontro, Desencontros e (Re) Encontros da Identidade Religiosa de Matriz Africana: a história de Cecília do Bonocô - ONÃ SABAGI objetiva interpretar as trajetórias marcadas pela proximidade, re-elaborações, descontinuidades, encontros e (re) encontros que definiram a identidade híbrida permeada de simbolismos que irão caracterizar a tradição religiosa do Terreiro Ilê Axé Maroketu por ela fundado. A sua inserção religiosa, através do ritual iniciático da feitura de santo, constituiu a passagem definitiva para o mundo do candomblé de nação Ketu e para este momento, utilizamos duas expressões em língua iorubá que poderão bem representar essas transições e encruzilhadas: ONÂ SABAGÍ. O primeiro termo justifica-se pela tradução: Onã = caminho em língua iorubá e Sabagí = local onde se realiza os rituais de ingresso no culto jeje. Acredita-se que as duas palavras dêem a dimensão do trabalho realizado, ao investigar os diversos caminhos, trajetórias e pertencimentos étnico-religiosos de nossa personagem central. Encontro, Desencontros e (Re) Encontros da identidade religiosa agregando práticas rituais do espiritismo popular e ameríndias, selecionando-as, adaptando-as. Caminhos onde se evidenciaram conflitos, escolhas e os padrões que de fora para dentro re-orientavam o modo de viver a religião candomblé na estrutura jeje-nagô em Salvador - Bahia. Na tentativa de melhor apreender os significados e a importância de acontecimentos que irão justificar a escolha dessa trajetória religiosa, dividimos a Tese em oito capítulos: Capítulo I, O Campo dos Estudos Afro-Brasileiros; Capítulo II, Identidade negra na Bahia: memória e territorialidade; Capítulo III, A Memória de Cecília do Bonocô: trajetória de vida (re) descobertas e (re) encontros; IV Capítulo, Análises das Trajetórias Religiosas de Cecília e a Construção do Terreiro do Bonocô ; Capítulo V, Edificação do Território Religioso: Ilê Axé Maroketu; Capítulo VI, A Construção da Identidade Religiosa Afro-Brasileira; Capítulo VII, Descrição dos Rituais de Sacrifícios e Festas no Ilê Axé Maroketu; Capítulo VIII, Definição da Tradição no Ilê Axé |