Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Ingrid Andrade |
Orientador(a): |
PERRELLI, Jaqueline Galdino Albuquerque |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49488
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Resumo: |
O cuidado de enfermagem ao paciente oncológico deve considerar as diversas formas de enfrentamento adotadas para lidar com o adoecimento, além da multidimensionalidade humana, subjetividades e inter-relações. A identificação de qualquer alteração na capacidade de enfrentamento do paciente oncológico pode subsidiar a adoção de intervenções de enfermagem, na perspectiva da educação em saúde, direcionadas para aprimorar as estratégias de enfrentamento no contexto do câncer. Assim, a taxonomia de diagnósticos de enfermagem da NANDA – I apresenta o diagnóstico “Enfrentamento ineficaz” como um fenômeno de atuação do enfermeiro que necessita de refinamento para atender as necessidades dessa população. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo investigar a validade de conteúdo do diagnóstico de enfermagem “Enfrentamento ineficaz” para pacientes oncológicos, construído a partir de uma teoria de médio alcance. Trata-se de um estudo metodológico, realizado em duas etapas: validade teórico-causal e validade de conteúdo por juízes. Na primeira etapa, foi elaborada uma teoria de médio alcance com a identificação dos atributos, dos antecedentes e consequentes do diagnóstico, pictograma, proposições e relações causais. A construção dessa etapa foi ancorada em uma revisão integrativa e no modelo teórico de adaptação de Sister Callista Roy, que também subsidiaram a elaboração das definições conceituais e operacionais dos indicadores do diagnóstico em estudo. A segunda etapa foi realizada com 60 juízes enfermeiros, com diferentes níveis de expertise, que avaliaram a adequabilidade dos seguintes elementos do diagnóstico: rótulo, definição, domínio, classe, definições conceituais e operacionais. Ademais, as características definidoras, os fatores relacionados, a população em risco e as condições associadas foram avaliadas quanto a sua relevância para o diagnóstico “Enfrentamento ineficaz”. Para essas avaliações, foi utilizada uma escala likert de cinco pontos. Os dados obtidos foram organizados em uma planilha e analisados com o auxílio do programa SPSS, versão 21.0, e do software R, versão 3.2.0. Foi calculado o índice de validade de conteúdo (IVC), ponderado pelo nível de expertise dos juízes, medianas e seus respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. O elemento foi considerado válido quando apresentou mediana de IVC ≥ 0,80, no IC. A pesquisa atendeu à resolução no 466/12 CNS/MS e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da UFPE, sob CAAE no: 5 6901422.6.0000.5208 e parecer no: 5.412.382. A definição diagnóstica elaborada a partir da teoria de médio alcance foi considerada mais adequada para o fenômeno do estudo. O domínio e a classe mais apropriados foram, respectivamente, enfrentamento/tolerância ao estresse e respostas de enfrentamento, em conformidade com a taxonomia NANDA – I. Em relação aos indicadores diagnósticos, 22 antecedentes/estímulos e 14 consequentes/comportamentos foram considerados relevantes (IVC≥0,8, no IC). A validade de conteúdo do diagnóstico “Enfrentamento ineficaz” apresentou elementos diagnósticos relevantes que corroboram com o aperfeiçoamento de tal diagnóstico e de seus componentes. Dessa forma, sugere-se que os resultados deste estudo sejam submetidos à validação clínica em população específica, a fim de contribuir para uma assistência segura e implementação de ações de educação em saúde, que ressaltem o protagonismo do paciente e o auxilie no enfrentamento do câncer. |