Coalizão de forças, discursos e conflitos: uma análise do gerencialismo na gestão do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Sertão do Araripe Pernambucano (CISAPE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: BARBOSA FILHO, Evandro Alves
Orientador(a): GEHLEN, Vitória Régia Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10604
Resumo: Em 2007, o Governo do Estado de Pernambuco apresentou seu plano político de gestão denominado Todos Por Pernambuco. Ele é uma proposta de gestão pública que traz para as instituições governamentais as práticas gerenciais empregadas no meio empresarial, denominadas gerencialistas. Neste plano, a política de saúde é reconhecida como estratégica à gestão governamental, sendo sua interiorização uma prioridade, a ser viabilizada, por meio de consórcios públicos. Os consórcios públicos são a união ou associação de dois ou mais entes federados visando à resolução de problemas de gestão e prestação de serviços em uma região específica. Eles integram a administração indireta de municípios e/ou estados membros e podem ser considerados consequência da Reforma do Estado na gestão pública. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo político-gerencial desenvolvido no Consórcio Público Intermunicipal de Saúde do Sertão do Araripe Pernambucano (CISAPE), iniciado em 2009. Os corpora da pesquisa são compostos por bibliografia especializada, documentos e entrevistas em profundidade, realizadas com sujeitos de controle social, técnicos, políticos e acadêmicos, entre os anos de 2010 e 2011. Os dados foram submetidos aos Estudos Críticos de Discurso (ECD) da corrente inglesa, baseados na teoria materialista do Estado e no materialismo histórico-geográfico. A pesquisa identificou que a coalizão que atuou nessa experiência de governo gerencial é formada pela elite política do Governo do Estado e que os conflitos são resultados da oposição ao discurso gerencialista, cuja matriz social é o neoliberalismo, como teoria das práticas políticas e econômicas.