Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Torres, Maria Adriana Da Silva |
Orientador(a): |
Scott, Russell Parry |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9401
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Resumo: |
Esta tese resulta da confluência de dois campos de interesse: o trabalho infantil no contexto lagunar de Maceió/AL e a política social que propõe erradicá-lo. Objetivou-se analisar a moral geracional constitutiva da cultura do trabalho e a moral universal constitutiva da cultura de direitos em três categorias relacionadas à teoria de Pierre Bourdieu campo, habitus e capital. O estudo questiona os sentidos do trabalho infantil e dessa política que intenciona erradicá-lo. Esse questionamento gerou-se pela observação do olhar de diversos agentes sociais crianças, adolescentes e adultos no contexto das dimensões simbólicas e estruturais relacionadas às análises microssocial e macrossocial. O trabalho de campo foi realizado nos seguintes espaços onde acontece a socialização de crianças e adolescentes catadoras de mariscos na cadeia produtiva do sururu, no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e na escola , por meio de entrevistas, grupos focais e questionários. Os dados coletados mostram que a moral geracional está presente no cotidiano dessas crianças e adolescentes devido à frágil cidadania concedida a eles e às suas famílias. Isto acontece mediante a reprodução das relações de dominação da sociedade capitalista, que, desde tempos longínquos, utiliza o trabalho precário dos filhos das classes populares através de uma hexis corporal correlacionada à história individual ou coletiva de crianças e adolescentes. A análise traz ao debate o processo de demissão do Estado pelas políticas sociais focais e evidencia o desencantamento dos diversos agentes com a cultura de direitos para a infância. Com isso, constatou-se que essa cultura ainda não está objetivada para os que vivem em tempos incertos na orla lagunar de Maceió/AL. Os resultados obtidos indicam que crianças e adolescentes vivem ambiguamente em uma sociedade que lhes exige uma vida útil e produtiva em detrimento das necessidades básicas do desenvolvimento infantil saudável. A pesquisa aponta necessidades de mudanças nas estruturas sociais, bem como nas estruturas internas incorporadas pelos trabalhadores de pouca idade, para modificar as relações de dominação existentes nos campos onde estão inseridos. Assim, evidencia-se a necessidade de investimentos nos capitais destinados ao rompimento das representações ideológicas que defendem a cultura do trabalho infantil na sociedade |