Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
CARVALHO, Maria José Laurentina do Nascimento |
Orientador(a): |
CABRAL, Poliana Coelho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33780
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre a percepção do peso corporal, perfil antropométrico e o estilo de vida de adolescentes de 12 a 17 anos residentes na cidade de Recife – PE. Trata-se de uma pesquisa com delineamento transversal de base escolar com uma amostra de 2.480 adolescentes representativa para 142.421 jovens de Recife/PE, provenientes de amostragem complexa do “Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes” (Erica). A coleta de dados ocorreu no período de outubro de 2013 a maio de 2014. Foi utilizado um questionário contendo perguntas referentes a variáveis demográficas, socioeconômicas e comportamentais, além de parâmetros antropométricos e de hábitos alimentares. As análises estatísticas foram realizadas no Stata versão 14.0, a partir do módulo “Survey”. Realizou-se análise bivariada para verificar a associação entre a percepção do peso corporal acima do ideal e as variáveis independentes por meio do teste do qui-quadrado. Nessa etapa, as associações que apresentaram p<0,20 foram ajustadas com modelos de análise multivariada pela regressão de Poisson com ajuste robusto da variância, sendo consideradas estatisticamente significantes as variáveis com p≤0,05. A mediana da idade foi de 15 anos, havendo 53,7% de indivíduos do sexo feminino, 32,4% classificados como pós-púberes e 25,4% apresentando excesso de peso. Quanto à percepção do peso corporal, 48,8% dos adolescentes (n=1.219) respondeu a esse questionamento e nenhum deles relatou percepção adequada. Ou seja, 36,8% se percebiam como tendo baixo peso e 63,2% como portadores de excesso de peso. Pelo índice de massa corporal/idade (IMC/I), 70,7% dos estudantes foram classificados com eutrofia. As meninas se perceberam mais acima do peso em comparação aos meninos. Com relação à obesidade abdominal, diagnosticada pela circunferência da cintura e razão cintura-estatura a frequência foi de 10,4%. No que se refere ao estilo de vida, 54,4% foram classificados como inativos, 21,6% referiram consumo de álcool e 1,6% eram fumantes. Após os ajustes estatísticos, as variáveis independentemente associadas à percepção do peso corporal acima do ideal foram: sexo feminino, faixa etária entre 12 e 14 anos, escolaridade materna > 8 anos, IMC/I de eutrofia e de excesso de peso, estágio de maturação sexual pós-púbere e o fato da realização de café da manhã e refeições com os pais apenas ocasionalmente. Em síntese, houve discordância entre o perfil antropométrico avaliado e a percepção do peso corporal na maioria dos adolescentes estudados. Uma proporção expressiva de escolares se percebia com peso inadequado quando o diagnóstico era de eutrofia. Maior chance de se perceber acima do peso ideal ocorreu em variáveis demográficas, antropométricas e do estilo de vida. Por outro lado, a taxa de excesso de peso foi significativa entre os adolescentes, sugerindo a necessidade de intervenção na população estudada a fim de reduzir os riscos de agravos à saúde. |