Efeitos da salinidade e de fontes de carbono no crescimento, na morfologia de Cunninghamella elegans Lendner e na produção de Quitina e Quitosana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Cristina de Freitas da Silva, Marta
Orientador(a): Maria de Campos Takaki, Galba
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/824
Resumo: Investigações foram feitas no sentido de verificar o comportamento morfológico e bioquímico de Cunninghamella elegans Lendner UCP 542 no meio de cultura contendo diferentes níveis de salinidade e concentrações de glicose e de sacarose. C. elegans foi isolada do sedimento de mangues do Município de Rio Formoso, Pernambuco, Brasil. Uma curva de crescimento foi estabelecida em função da biomassa, do consumo de glicose e pH, em meio Hesseltine & Anderson (1957) com glicose a 2, 4 e 6%. Em função do planejamento fatorial o crescimento micelial de C. elegans foi observado e foram analisados o consumo de glicose, sacarose, NaCl e variação do pH no meio. As análises morfológicas foram realizadas acompanhando as alterações na forma dos esporângíolos, presença ou ausência de clamidósporos utilizando microscópia de luz. Observouse que as condições com elevadas taxas de NaCl aumentaram o número de clamidósporos, reduziram a quantidade e alteraram a forma dos esporangíolos. A massa micelial obtida foi submetida ao processo de extração de quitina e quitosana realizado através do tratamento álcali-ácido e o seu líquido metabólico submetido à determinação do consumo de carboidratos totais. Os resultados obtidos pelo planejamento fatorial demonstraram que as condições do meio com (1, 2,5 e 4%) NaCl não impedem o desenvolvimento do microrganismo nem o consumo das fontes de carbono e em presença de 2,5 a 4% NaCl e a quantidade de esporangíolos globosos diminui. Os resultados obtidos para quitina foram 41,5% na condição 2 (glicose 4g/L, sacarose 1g/L e NaCl 1%). Entretanto na condição 8 (glicose 4g/L, sacarose 2g/L e NaCl 4%), a quitosana atingiu valores de até 18,3%. Esses resultados demonstram que a 4% de NaCl e altas concentrações de glicose ocorre uma diminuição da quitina e um aumento da quitosana. A sacarose não produz efeitos semelhantes. Os resultados obtidos são promissores para a produção dos co-polímeros quitina e quitosana