Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
MAGALHÃES, Priscila Maria Vieira dos Santos |
Orientador(a): |
ALMEIDA, Lucinalva Andrade Ataide de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56450
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Resumo: |
A pesquisa intitulada “Eu achava as formações a coisa mais rica do mundo! E às vezes não era nem o tema, nem o formador, era aquela troca entre os professores: redes outras de políticas- práticas tecidas no cotidiano escolar”, objetivou compreender como as articulações produzidas no campo da avaliação e da formação continuada de professores interpelam os processos de produção das políticas-práticas de formação-avaliação tecidas nos cotidianos escolares. Para tanto, teve por objetivos específicos: i) evidenciar, em produções acadêmicas e em políticas nacionais de formação docente, quais sentidos são articulados na significação da avaliação e da formação continuada de professores; ii) caracterizar a política de formação continuada de professores de Caruaru a partir de seu processo de produção curricular; iii) analisar, na política- prática de formação continuada de professores do município de Caruaru, sentidos de avaliação e de formação que disputam pela produção da avaliação-formação; iv) analisar os tensionamentos e negociações constitutivas das políticas-práticas avaliativas-formativas em produção nos cotidianos escolares. A partir de uma abordagem discursiva, inscrita na pauta pós- estrutural, recorremos à Teoria do Discurso na perspectiva de Laclau e Mouffe (2015), considerando a existência de infinitas formas de construção do objeto avaliação-formação e, assim, a impossibilidade de um fundamento último as representar ou preencher empiricamente o vazio, a falta constitutiva que é intrínseca a qualquer estrutura. Mobilizando construtos analíticos determinados – produções acadêmicas e políticas educacionais (nacionais e locais) direcionados à formação continuada de professores e, entrevistas desenvolvidas com professoras e formadoras da rede municipal de educação de Caruaru-PE – argumentamos que problematizar as políticas-práticas de formação-avaliação implica compreendê-las como espaço de disputas que perspectivam a criação da unidade em contextos de conflitos e diversidade (MOUFFE, 2005). Contextos que construídos sob um antagonismo inerradicável, revelam-se como possibilidade de decisão em um universo de alternativas em conflitos. Nesse sentido, entendemos que mesmo quando as políticas oficiais de avaliação e formação docente operam como aparato de controle das práticas avaliativas e das micros formações cotidianamente tecidas na escola, estas movem-se em um terreno indecidível, no qual nenhuma ordem – por maior força hegemônica que galgue – consegue sedimentar o direito ao dissenso. Desse modo, reconhecendo a impossibilidade de cerceamento do diferir, nessa pesquisa evidenciamos as contingencialidades dos processos de produção das políticas-práticas de formação-avaliação. Processos que não determinados a priori, se (re)fazem não por movimentos lineares, mas por atos de poder difusos minados pela emergência de ordens e acontecimentos que deslizam/alteram tradições hegemonizadas na escola. Marcados pelos tensionamentos emergidos nos diferentes momentos/contextos histórico-sociais, esses processos se constituem na relação com ordenamentos difíceis de fugir, mas, também, no encontro entre sujeitos/identidades não determinadas alicerçadas nas imprevisibilidades das experiências cotidianas em fabricação nas escolas. É, pois, no âmago de experiências incontroláveis, que agenciamentos profissionais coletivos e práticas/projetos outros de formação-avaliação podem ser reivindicados em direção a refutação/trepidação de subjetividades essencialistas e identidades/sentidos reducionistas de docência. |