Avaliação da atividade antineoplásica e antimicrobiana de levanas modificadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BEZERRA, Ana Gabriela da Silva
Orientador(a): GALEMBECK, André, BELIAN, Mônica Freire
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia de Materiais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32151
Resumo: O câncer é um problema de saúde pública, ao longo do Mundo, causando mais de um quarto de todas as mortes em muitos países. O número de pessoas diagnosticadas com câncer é aumentado constantemente havendo uma estimativa de 15 milhões de novos casos até 2020, segundo a Organização Mundial de Saúde. À medida que o número de casos de câncer aumenta é importante que surjam novos medicamentos utilizados na quimioterapia. Diversos compostos naturais e/ou sintéticos vêm apresentando bons resultados em estudos sobre antitumorais, como por exemplo, podem ser citados os polissacarídeos. A levana, por exemplo, é um polímero de frutose produzido por diversos organismos incluindo Zymomonas mobilis, e possui propriedades espessante, emulsificante e estabilizante, apresentando, também, atividades biológicas como imunoestimulação, atividade antitumoral in vivo contra tumores do tipo sarcoma 180 e carcinoma de Erhlich, e in vitro contra linhagens de células tumorais humanas pertencentes ao fígado e ao sistema gástrico humano sem apresentar toxidade. Neste trabalho é reportada a produção e modificação química da matriz da levana por aminas e íons platina. Foi avaliado as possíveis atividades antineoplásica e antimicrobiana da matriz modificada. O interesse da investigação da atividade antimicrobiana surgiu após verificar relatos na literatura sobre a possível atividade antimicrobiana por aminoglicosídeos. A matriz da levana foi produzida através do cultivo do microrganismo Zymommonas mobilis, utilizando meio de cultura de fermentação a base de sacarose. A matriz da levana foi fracionada, congelada e liofilizada obtendo um sólido branco esponjoso. Foram realizadas modificação químicas na matriz, a primeira modificação realizada foi uma oxidação nas hidroxilas vicinais a 10% e 25% utilizando periodato de potássio, os produtos foram codificados por Levoxi. Em seguida foram feitas modificações na matriz oxidada com as moléculas: etilediamina, glicina e 3- amino-1,2-propanediol que contém grupos aminos, sintetizando assim, aminoglicosídeos, que foram codificados por Levoxietileno, Levoxiglicina e Levoxiamino. E por fim reagiram-se as levanas aminas com íons platina contidos em complexos percussores (hexacloroplatinato e tetracloroplatinato de potássio) que foram recuperados a partir de rejeitos, os novos produtos foram codificados por LexoxietilenoPt, LevoxiglicinaPt e LevoxiaminoPt. A matriz de levana pura e as levana aminadas foram caracterizadas por espectroscopia na região do infravermelho e espectroscopia de ressonância magnética de ¹H e ¹³C. Os complexos de platina precursores (hexacloroplatinato e o tetracloroplatinato de potássio) foram caracterizados por difratometria de raios- X. Os compostos de coordenação formados pela incorporação de íons platina às matrizes aminadas foram caracterizados por Infravermelho e RMN ¹H, ¹³C e ¹⁹⁵Pt. Após caracterização os compostos foram submetidos a ensaios biológicos para avaliação de citotoxidade em células tumorais e avaliação antimicrobiana (determinação da concentração mínima inibitória - CMI). A maior porcentagem de inibição de crescimento celular apresentado no teste de citotoxidade em células tumorais foi o LevoxietilenoPt (55,3%), frente às células de leucemia promielocitica aguda. Com relação aos testes de avaliação antimicrobiana os melhores resultados foram oriundos do Levoxi, Levoxiamino e Levoxiglicina que inibiram eficientemente a Candida Krusei ambos com a concentração de 78,1 μg mL⁻¹.