Análise de desempenho na geração de benefícios econômicos dos clubes de futebol brasileiros: o uso do atleta como recurso estratégico e ativo intangível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: GALVÃO, Nadielli Maria dos Santos
Orientador(a): DORNELAS, Jairo Simião
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Contabeis
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17990
Resumo: Até o ano de 1998, os clubes de futebol brasileiros atuavam como entidades sem fins lucrativos. No entanto, com o advento da Lei 9.615, mais conhecida como Lei Pelé, publicada em 1998, os clubes adquiriram a oportunidade de atuarem como empresas. Com isso, os clubes passaram a ter como objetivos a geração de caixa, receitas e lucro. A fim de alcançar esses objetivos, o clube dispõe de um recurso de alto valor que pode apoiar o atingimento das metas financeiras: os atletas. No entanto, não adianta investir em atletas e gerar certos patamares de receitas, caixa e lucro se estes não forem alcançados com eficiência. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi verificar o desempenho dos clubes de futebol brasileiro em gerar benefícios econômicos diante do investimento realizado em atletas. A fim de alcançar o objetivo traçado o trabalho assumiu uma postura positivista, pautando-se no método quantitativo utilizando-se da análise descritiva para conhecer o perfil da amostra estudada; na análise de correlação a fim de verificar quais benefícios estavam realmente relacionados com o investimento em atletas e, por fim, na análise envoltória de dados que apresentou o indicador de eficiência dos clubes na geração de benefícios econômicos por meio do investimento realizado em jogadores. No total foram analisados 18 clubes de futebol entre os anos de 2010 a 2012. Constatou-se que no quesito geração de receitas, apenas o Corinthians foi considerado eficiente em todos os anos analisados (2010 a 2012), sendo o menos eficiente Ponte Preta. Dessa forma, o clube foi considerado como referência de boas práticas de gestão e de políticas de captação de receitas para os demais clubes que fizeram parte da amostra. No que se refere à captação de caixa, os clubes que foram considerados eficientes para esta variável foram Atlético Paranaense, Internacional, Palmeiras e São Paulo, sendo o mais ineficiente o Botafogo. Os resultados do presente estudo apontam para uma necessidade de uma administração competente dos recursos organizacionais, destacando que não basta apenas investir em atletas, é preciso ser eficiente. Ressalta-se que clubes como o Corinthians em 2010 e o Palmeiras em 2011, mesmo apresentando redução no seu quadro de jogadores, conseguiram ser eficientes na geração de receitas atingindo os patamares mais altos para esta variável.