Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Roberto Gomes de Souza, Sergio |
Orientador(a): |
Maria Barros dos Santos, Ana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7678
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Resumo: |
Procuramos neste trabalho intitulado Fábulas da modernidade no Acre: a utopia modernista de Hugo Carneiro na década de 20, dialogarmos com as inúmeras tentativas do poder público, durante a administração do governador Hugo Ribeiro Carneiro (1927 1930), em transformar o Território do Acre e, em especial, a cidade de Rio Branco, sua capital, em espaços modernos bem como as diversas formas de resistência desenvolvidas pela população às ações impositivas e truculentas que visavam mudar hábitos, valores e modos de vida. Os principais referenciais do novo governo eram, fundamentalmente, os preceitos desenvolvidos por urbanistas europeus a partir do século XIX que objetivavam racionalizar o espaço das cidades estabelecendo uma lógica na sua forma de organização. Os ambientes deveriam ser devidamente distribuídos de acordo com as atividades desenvolvidas e as relações sócio-econômicas estabelecidas. Assim, centros de comércio e indústrias não deveriam misturar-se com locais de moradia e era impensável a convivência, em um mesmo espaço, entre pobres e ricos. Os fundamentos para o desenvolvimento desses novos olhares para a cidade calcava-se nos saberes técnicos/científicos de médicos e engenheiros que tornam-se especialistas do espaço urbano ditando, com bases em seus conhecimentos científicos , como a cidade deveria se organizar e a população se comportar. Esses preceitos deveriam ser naturalizados e transformados em inquestionáveis verdades , devendo ser devidamente punido ou excluído do convívio social todos os atores e práticas que não se adequassem a esta nova concepção de urbano . Estas concepções foram importantes referencias para Hugo Carneiro, que tinha como principal objetivo, fazer soprar no Acre os ventos da modernidade . À utopia modernista do governado, no entanto, ocorreram inúmeras formas de resistência. Algumas, na forma de manifestações ou protestos de grande envergadura, outras, ocorrendo na forma de uma resistência surda , tão sutil, que somente quando chegava ao nível institucional, seja na forma de denúncias em delegacias de polícia, internações em hospitais e processos judiciais, poderiam ser detectadas |