Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
CRUZ, Rennisy Rodrigues |
Orientador(a): |
GOMES, Edvânia Torres Aguiar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33503
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Resumo: |
Sob a égide do capital os recursos naturais são utilizados como mercadoria no processo de produção e reprodução da atual estrutura social. Esse fator vem desencadeando e intensificando os conflitos e impactos socioambientais que são materializados no espaço e dialeticamente refletem as intencionalidades dos agentes que os produz. Esta dissertação tem como objetivo analisar as dinâmicas socioambientais na produção do espaço da comunidade da Massagueira, localizada no município de Marechal Deodoro no Estado de Alagoas que se situa às margens do canal da laguna Manguaba e da praia do Saco da Pedra, na Área de Proteção Ambiental de Santa Rita- APASR e na Reserva Ecológica do Saco da Pedra – RESEC, que fazem parte do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú Manguaba – CELMM. Para tanto, foram realizadas pesquisas teórico-metodológicas em documentos – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU e Plano de Manejo da APA -, sites oficiais, legislações ambientais, licenças ambientais, pareceres técnicos dos órgãos competentes, periódicos, teses, dissertações entre outros; visitas de campo e pesquisa espaço temporal por meio de imagens de satélite, confecção de mapas e registros fotográficos nos ambientes impactados e vulneráveis. As análises decorrentes dessa investigação foram feitas sob o método do materialismo histórico e dialético. Atualmente percebe-se que a comunidade vem passando por diversas mudanças socioespaciais, principalmente pela presença da especulação imobiliária e a liberação de licenças ambientais para construção de loteamentos que posteriormente são vendidos como residenciais cercado por muros, mesmo ilegalmente, em Áreas de Proteção Permanente – APP, intensificando a desterritorialização das comunidades tradicionais e comprovando a flexibilização das leis perante a força totalizante do capital especulativo. A atual configuração espacial da Massagueira foi determinada e está sendo intensificada em decorrência de várias obras na infraestrutura local, que tiveram como interesse atender o setor industrial para facilitar o escoamento da produção de cana-de-açúcar e da cadeia produtiva da química e do plástico, mas que por outro lado ocasionou o aumento populacional dos municípios da porção sul da Região Metropolitana de Maceió, dentre as obras destacam-se a construção da AL 101 SUL em 1979 e posteriormente sua duplicação em 2012 com edificações de pontes e viadutos. A Massagueira, com manguezais, restingas, várzeas, laguna, praia, bares e restaurantes, beleza cênica e localização geográfica, além da infraestrutura de acesso, é alvo dos discursos dos promotores imobiliários na venda de imóveis, mesmo com diversas contradições já que alguns foram construídos em áreas ambientalmente vulneráveis por meio de desmatamentos. |