Caracterização molecular da lectina ligadora de manose (MBL) em indivíduos com hepatite C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Teixeira Cavalcanti, Igor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MBL
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1830
Resumo: A lectina ligadora de manose (MBL), membro das lectinas tipo-C, apresenta capacidade de se ligar através de múltiplos sítios a várias estruturas de carboidratos e promover a ativação do complemento. Os baixos níveis da MBL estão relacionados com a maior susceptibilidade as várias doenças infecciosas. Diferentes ensaios utilizados para a determinação da lectina não têm sido eficazes na identificação das várias formas moleculares da MBL presentes na circulação. Este trabalho tem como objetivo avaliar o perfil molecular da MBL no soro de pacientes com hepatite C usando um método de purificação com base em microplacas cobertas com discos de nitrocelulose, seguida a identificação protéica por ensaios de imuno-reconhecimento, SDS-PAGE (redutora e não-redutora) e análise por Western blot. Os resultados do método de purificação mostraram uma boa eficiência de ligação da membrana coberta com manana e a identificação da MBL foi confirmada para todos os genótipos por DOT-ELISA convencional. No geral, poucas bandas foram visualizadas nas amostras submetidas ao ensaio de purificação, os quais podem estar correlacionadas com a quantidade muito pequena de proteína presente. As bandas revelaram algumas diferenças para o padrão de bandeamento entre os genótipos avaliados AA, AO e OO, mostrando marcações acentuadas nas faixas de 50-90 kDa e 180 kDa, sendo equivalentes a variantes estruturais de baixa massa molecular e estruturas de alta massa molecular, respectivamente. Na análise por SDS-PAGE não-redutora, foram visualizadas uma larga faixa de massas moleculares, tais como as formas triméricas (3x3), dímeros, e bandas de subunidades estruturais da MBL identificadas em algumas amostras, sobretudo nos indivíduos com genótipo tipo selvagem AA. No Western blot, foi confirmado a presença das formas de baixa e alta massas semelhantemente ao observado nos géis de eletroforese, com destaque na detecção de formas de 128 e 32 kDa. Estes resultados sugerem um método para purificação protéica simplificado e de baixo custo para a MBL, o qual foi possível avaliar um perfil diferenciado das formas moleculares presentes no soro de pacientes infectados pelo vírus HCV. Vale ressaltar que este é um importante passo para uma maior elucidação da relação estrutura/genótipo e função da MBL em relação a hepatite C e que pode ser de fundamental importância na resposta ao tratamento