Impactos da urbanização sobre as comunidades de macroalgas em praias do litoral de Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, Juliane Suelen Silva dos
Orientador(a): PEREIRA, Sônia Maria Barreto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31063
Resumo: O avanço da urbanização tem ocasionado efeitos diretos na composição e estrutura das comunidades de macroalgas, provocando alterações e consequentemente a desestabilização de ecossistemas marinhos. As comunidades de macroalgas, por serem sensíveis a alterações no ambiente, são consideradas bioindicadoras, fornecendo informações importantíssimas sobre possíveis problemas no ecossistema em que estão inseridas. Este estudo avaliou os impactos da urbanização sobre comunidades macroalgais em áreas do litoral de Pernambuco (7°32’52’’S, 34°50’27’’W e 8°54’57’’S, 35°09’76’’W) no período de fevereiro e maio de 2016. Foram escolhidas duas áreas urbanizadas, localizadas na praia de Boa Viagem e Rio Doce, e três áreas referência, enquadradas nas praias de Muro Alto, Paiva e Serrambi. Estas áreas foram subdivididas em três subáreas, onde foram posicionados transectos de 30 metros no mesolitoral inferior e plotados 30 quadrados equidistantes 1 metro. Amostras de macroalgas foram coletadas para identificação. Os fotoquadrados foram analisados no CPCe (Coral Point Count with Excel extensions) para obtenção do percentual de cobertura. As análises dos índices ecológicos foram determinantes para inferir se as comunidades de macroalgas apresentam diferenças significativas entre as áreas urbanizadas e áreas referência. A caracterização físico-química da água foi realizada para verificação de temperatura e níveis de nutriente de cada área. Foram identificados 59 táxons infragenéricos, distribuídos entre Rhodophyta (38), Chlorophyta (12) e Heterokontophyta (Phaeophyceae) (9). Espécies dos gêneros Gracilaria Grev., Caulerpa J. V. Lamour. e Bryopsis J. V. Lamour. foram as algas predominantes nas áreas urbanizadas, enquanto que nas áreas de referência foram Palisada perforata (Bory) K. W. Nam, Gelidiella acerosa (Forssk.) Feldmann & Hamel, Bryothamnion triquetrum (S.G. Gmel.) M.Howe, Caulerpa racemosa (Forsskål) J. Agardh e Sargassum vulgare C. Agardh. O índice ecológico de Margalef apresentou uma correlação negativa para riqueza de espécies nas áreas urbanas. Porém o padrão de dominância das espécies das áreas urbanas e áreas de referência não foi alterado.