Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, Jenyffer Sabryna Costa do |
Orientador(a): |
SOUZA, Valdênia Maria Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48028
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Resumo: |
Os estudos da amamentação em camundongos esquistossomóticos demonstraram alteração, estimulando ou suprimindo, na resposta imune dos descendentes para antígenos não- relacionados, na vida adulta. Aqui, avaliou-se o efeito da amamentação na diabetes autoimune, através do acompanhamento glicêmico, produção de citocinas Th1, Th2 e Th17 e frequência de linfócitos T regulatórios em camundongos fêmea adultos, descendentes de mães diabéticas não- obesas (NOD), amamentadas em mães Balb/c infectadas ou não por Schistosoma mansoni. Após o nascimento, foi realizada a amamentação adotiva, em que descendentes de mães NOD foram amamentadas em mães infectadas (NOD-AI) e outro grupo por mães não infectadas (NOD-ANI). Outro grupo de animais nascidos de mães NOD permaneceu amamentando nas próprias mães (NOD). Para grupo CONTROLE, utilizou-se animais nascidos e amamentados em mães não infectadas. Quando adultos, as descendentes tiveram a glicose mensurada da 10a até a 17a semana de vida. Nesta última, os animais tiveram os esplenócitos cultivados apenas com meio de cultura ou acrescentado do mitógeno ConA (5 μg/ml). Após 48h, foram dosados nos sobrenadantes a IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, TNF-α e IFN-γ e as células usadas para imunofenotipagem, com anticorpos monoclonais ligados a fluorocromos para CD8+CD122+, CD4+IL10+, CD4+IL17+ e CD4+FoxP3. Foi observado um aumento glicêmico progressivo no grupo NOD desde a 10a semana (glicose >130mg/dL), enquanto a glicemia os grupos experimentais NOD-AI e NOD-ANI e grupo CONTROLE mantiveram valores abaixo de <130mg/dL até a 15a semana. Na última semana, em relação ao CONTROLE, todos os demais grupos apresentaram-se diabéticos (>200mg/dL), contudo a glicemia do NOD foi o dobro (~518mg/dL) quando comparada com os grupos NOD-AI e NOD-ANI (~259mg/dL). O grupo NOD apresentou alta frequência de CD4+IL17+, enquanto no grupo NOD-AI houve maior frequência de células CD8+CD122+ e CD4+IL-10+. No grupo NOD houve baixa produção de IL-2 e IL-4 e níveis bastante elevados de IL-17. Do contrário, nos animais que receberam leite de mães adotivas (NOD-ANI e NOD-AI) houve maior produção de IL-2 e notável diminuição de IL-17. No grupo NOD-ANI houve menor produção de IFN-, acompanhadas de menos IL-6, enquanto no grupo NOD-AI a drástica diminuição IFN- foi acompanhada de maiores níveis de IL-10. Não houve diferença na produção de TNF-alfa e frequência de células CD4+FoxP3 nos grupos estudados. Então, a amamentação adotiva em mães esquistossomóticas ou não proporciona uma diminuição nos níveis glicêmicos, mesmo não prevenindo a diabetes, acompanhada de diminuição de citocinas pró-inflamatórias (IFN-y e IL-17), porém a produção de IL-10 e possível efeito regulatório CD8+CD122+ foi determinado pela infecção materna. Mesmo o leite adotivo de não infectadas levando a um redirecionamento de resposta para Th2, a amamentação em mães esquistossomóticas se mostrou melhor capaz de suprimir o perfil Th1/Th17, desviando para uma resposta Th2/IL-10 e consequentemente regular o agravamento e progressão da doença. A origem do leite parece ter relação como perfil regulatório na diabetes autoimune, sendo capaz de induzir um potencial imunossupressor nos camundongos NOD adultos, previamente amamentados por mães adotivas. |