Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
GOMES, Tâmara Marques da Silva |
Orientador(a): |
GUIMARÃES, Gilda Lisbôa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35719
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Resumo: |
As pesquisas estatísticas estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano e, consequentemente, a habilidade de ler e interpretar esses dados torna-se essencial. Entre os conceitos que corroboram para a produção e análise de dados estatísticos está o conceito de amostragem, o qual deve ser abordado, segundo o currículo brasileiro, desde o Ensino Fundamental. Sendo assim, baseando-se nos pressupostos da Teoria da Atividade e do Letramento Estatístico, essa Tese teve como objetivo analisar um Sistema de Atividade proposto para a aprendizagem do conceito de amostragem por alunos do 5º e 9º ano (10 e 14 anos) do Ensino Fundamental. Para isso, foi dividido em quatro etapas realizadas em uma turma de cada ano de duas escolas públicas do município do Jaboatão dos Guararapes. A primeira etapa investigou situações de ensino propostas em livros didáticos de matemática do 5º e 9º anos que podem ser utilizadas para o ensino de amostragem e descreveu o objeto e instrumentos que compõem o Sistema de Atividade proposto. Foram analisados vinte e um livros de Matemática aprovados pelo PNLD 2014 (anos finais) e 2016 (anos iniciais). A análise mostrou que os livros do 5º ano não apresentam atividades com o foco em amostragem. Entretanto, algumas delas permitem que o professor discuta esse conceito. Em contrapartida, os livros do 9º ano trazem atividades envolvendo definições, exemplos e finalidades das amostras, além de textos explicativos sobre o processo de amostragem e no ciclo de pesquisa. Trabalha tópicos do processo amostral (seleção e representatividade), mas poderia ainda possibilitar a realização de inferências e comparação com dados de outras pesquisas. A Etapa 2 descreveu os demais elementos do Sistema de Atividade (sujeito, comunidade, regras e divisão do trabalho). Realizou-se uma diagnose com as duas turmas participantes com atividades envolvendo diferentes conceitos necessários a aprendizagem de amostragem. Também foi realizada uma entrevista semi-estruturada com um representante da equipe gestora e com os professores regentes das turmas. Os dados obtidos foram essenciais para a elaboração da intervenção realizada na Etapa 3, que investigou a influência de intervenções envolvendo situações de amostragem, verificando como alunos do 5º e 9º ano aprendem e porque aprendem. Foram sorteados dois estudantes de cada turma para participarem da mesma que foi realizada em dois momentos de 100 minutos em um período de duas semanas. A Etapa 4 verificou o que os alunos aprenderam após a intervenção, sendo aplicado um teste final cerca de 45 dias após o processo. A análise da intervenção e dos resultados alcançados no teste final mostrou mais uma vez que os conceitos relacionados à amostragem podem ser trabalhados e apreendidos desde o 5º ano. Além disso, o embasamento por meio da Teoria da Atividade corroborou para que a postura da mediadora e as estratégias metodológicas utilizadas respeitassem as características do sistema de atividade no qual os estudantes participantes estavam inseridos. A contextualização e reconhecimento da necessidade de aprendizagem de determinado conceito, a readaptação de conhecimentos anteriores, o uso de instrumentos facilitadores, entre outros fatores foram essenciais para a aprendizagem dos estudantes, mostrando a importância da Teoria da Atividade como recurso metodológico bem como a necessidade de mais pesquisas que proponham situações de aprendizagem. |