Estudo Geofísico e Geológico-Estrutural da Chapada da Apodi, Bacia Potiguar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: MIRANDA, Tiago Siqueira de
Orientador(a): MOTTA, Joaquim Alves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6295
Resumo: A região de estudo fica localizada entre as cidades de Mossoró, no Rio Grande do Norte e Limoeiro do Norte, no Ceará. Geologicamente a Chapada do Apodi está inserida na Plataforma Aracati e abrange o Grupo Apodi. O sistema aquífero Apodi é composto do topo para a base, pelo aquífero livre cársticofissural Jandaíra, pelo aquitard Quebradas e o aquífero semi-confinado Açu. O levantamento geológico-estrutural determinou à evolução tectono-estrutural no cenário hidrogeológico regional, em especial quanto ao desenvolvimento das feições cársticas da Formação Jandaíra. Fraturas de extensão, com direção NW-SE e NE-SW, são as principais estruturas que governam a recarga do aquífero Jandaíra e a formação das cavernas, sumidouros e dolinas. Feições estruturais observadas ao longo da cuesta oeste da Chapada do Apodi envolvem falhas distensionais de direção NNW, com mergulhos de alto ângulo. Estudos gravimétricos determinaram a distribuição espacial do sistema aquífero Apodi, estimando os pacotes sedimentares para avaliação das reservas disponíveis de água subterrânea. A integração da modelagem gravimétrica 2D e 3D apresentou o contorno superior do embasamento com mergulho suave no sentido norte e nordeste. A profundidade máxima de 930 m foi atingida no depocentro de Baraúna, mostrando tendência distensiva e de afinamento crustal. A região leste e oeste da área ficaram caracterizadas pelo controle de falhas normais e o conseqüente desenvolvimento de horsts e grabens formando janelas de sedimentação com até 730 m de profundidade. A porção sul é marcada por forte anomalia gravimétrica positiva de direção E-W, explicada pela ocorrência de rochas vulcânicas, possivelmente associadas ao evento magmático Rio Ceará Mirim. A eletrorresistividade determinou a compartimentação estrutural da Chapada do Apodi, em quatro patameres: Alto de Lagoinha (cotas variando entre -330 e -200 metros), Plataforma de Baraúna (cotas variando de -400 a - 550 metros), Baixo da MAISA (cotas atingem -700 metros) e Graben de Boa Vista (cotas atingem - 900 metros), esses blocos estão condicionados pelo sistema de falhamento de Tiradentes, Falha da MAISA e Juremal. Com os dados obtidos neste trabalho foi visto que a compartimentação tectônica da Chapada do Apodi é controlada por falhas extensionais associadas ao embasamento, formando depressões que são de fundamental importância para acúmulo de água subterrânea