Desenvolvimento de um modelo computacional para simulação da transferência de radioisótopos naturais do solo para a população adjacente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Arykerne Nascimento Casado da
Orientador(a): AMARAL, Romilton dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34063
Resumo: Dados de atividade específica de amostras de solo, de uma região com anomalia em minério de urânio localizada no agreste do estado de Pernambuco, foram utilizados para desenvolver um modelo para simular a dose e a transferência de radioisótopos primordiais e seus descendentes para a população adjacente. O modelo foi desenvolvido através da seleção da região com anomalia radioativa decorrentes das concentrações de atividade do ²³⁸U, ²³²Th e ⁴⁰K no solo, utilizando o cenário de um agricultor residente, produzindo para consumo próprio alimentos vegetais, proteína animal e água potável provenientes do solo anômalo. O código computacional Resrad Onsite 7.2 foi selecionado para execução das simulações por estar disponível gratuitamente através da rede mundial Internet, também por ser validado por uma série de instituições relacionadas a estudos sobre radioatividade ambiental. O código permite a projeção da dose total equivalente efetiva futura, a estimativa do período de ocorrência da dose e permite fazer a análise da liberação do uso do solo. O resultado das simulações, utilizando o modelo desenvolvido, calculou 42,87 mSv.a⁻¹ como a dose máxima após 62 simulações com as atividades específicas dos radioisótopos primordiais do modelo. A previsão é que essa dose ocorra no tempo de exposição de aproximadamente 48 anos após o início da obtenção das amostras que começou em 2004. Em conjunto com o pico de dose, a simulação demonstrou que a área analisada precisa de restrições em termos de uso do solo, após calcular e comparar as frações de atividade específica de cada amostra com o valor 0,25 mSv.a⁻¹, valor limite definido pela Comissão Regulatória Nuclear dos Estados Unidos.