Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Nido Farias dos |
Orientador(a): |
SOARES, Paulo Marcondes Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47681
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Resumo: |
Este trabalho busca compreender que dinâmicas sociais estão na base das tensões que rodeiam o som automotivo como práticas de diversão em cidades alagoanas. Ele marca uma continuidade com minha pesquisa de mestrado. O problema que as liga é que conflitos motivados pela perturbação sonora em bairros residenciais surgiram em interdependência com circuitos interurbanos de encontros, competições e festas de som automotivo em periferias, entre eles os populares paredões de som. Trato, assim, alguns desses espaços como ponto de partida privilegiado para reconstruir aspectos da figuração das cidades alagoanas que tornou o som automotivo uma “questão de ordem”. Lanço mão, para tanto, de um empreendimento multimetodológico, principalmente histórico-etnográfico, sobre espaços de competições e festas em várias cidades alagoanas, expandindo as cartografias dos amantes de som para as redes sociais. Também me serviram matérias da mídia jornalística eletrônica, sujeitas a um tratamento discursivo, cuja finalidade foi definir o entrelaçamento de redes de estigmatização, controle e repressão às práticas do som automotivo ao longo do tempo no estado. O argumento central que pretendo desenvolver é que na raiz dos conflitos urbanos, muito além da “questão de polícia”, estão lutas simbólicas internas entre amantes de som e destes com outros setores sociais que integram tal rede. Por um lado, as lutas giram em torno da construção de uma imagem de superioridade econômica e masculina, que se traduz em um estilo de vida festeiro por frações do empresariado urbano de serviços e de seu choque com ideais de outros atores coletivos. Por outro, dão forma a canais de busca por valor humano usados por atores de periferias, o que coloca pequenos proprietários ou instaladores de som em busca de reconhecimento por qualidades sentidas como únicas, trazendo uma discussão necessária sobre a individualização nas classes populares. |