Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Mateus Carvalho Vidal, Francisco |
Orientador(a): |
Cristina Martins Guillen, Isabel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7635
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Resumo: |
Este trabalho pretende estudar as práticas e as representações dos populares recifenses, acerca das manifestações de carnaval, em alguns dos principais periódicos da cidade do Recife, entre os anos de 1935 a 1949. Neste sentido, identificou-se que, em muitos momentos, os interesses políticos e econômicos ligados ao carnaval fizeram com que este se tornasse um instrumento de consolidação das diretrizes políticas do Estado, através da elaboração de projetos de identidade para a população. Esse processo de integração das manifestações populares aos projetos de governos políticos locais, que se sucederam no poder, foi encampado por instituições mediadoras, que atuaram no sentido de coadunar os interesses dos grupos ordinários aos interesses dos grupos políticos e sociais dominantes. Nesta dissertação, nos ocuparemos, principalmente, das histórias da Federação Carnavalesca Pernambucana, instituição, que se tornou de utilidade Pública em 1936, passando a promover o carnaval oficial de Recife, até os anos posteriores ao fim do Estado Novo, período no qual as autoridades estatais tentaram controlar as camadas populares, mediante a elaboração de ações vigilantes, catalogando os sujeitos sociais envolvidos nas práticas culturais dos grupos populares. É bom salientar que este trabalho não irá tratar somente das estratégias de controle dos grupos dominantes. Outrossim, serão apresentados indícios da insurgência das camadas populares aos projetos higienizadores do Estado Novo, bem como de suas instituições mediadoras, voltadas, neste caso, para promoção do carnaval. As manifestações populares, contra o ordenamento vigente, constituíram-se, no campo do carnaval, em táticas, que, muitas vezes, organizadas, foram percebidas como estratégias pelos grupos políticos no poder, suscitando movimentos repressivos do Estado em face dos grupos populares insurgentes |