Os efeitos do treinamento físico aeróbico sobre a expressão de proteínas da via de sinalização de insulina no músculo esquelético de ratos adultos submetidos à dieta obesogênica durante a gestação e lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: LIRA, William Douglas da Silva
Orientador(a): VASCONCELOS, Diogo Antonio Alves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52764
Resumo: A gestação, lactação e os primeiros anos após o nascimento são períodos iniciais da vida e cruciais para o desenvolvimento do organismo, pois este período é crítico e pode sofrer alterações quando expostos a estímulos ambientais como fumo, álcool, alimentação e exercício físico. Sendo assim, o objetivo foi investigar os efeitos do treinamento físico aeróbico sobre massas dos tecidos adiposo e muscular, tolerância à glicose e a atividade e expressão de proteínas envolvidas na via de sinalização de insulina no músculo esquelético em prole jovem de ratos submetidos à dieta obesogênica materna. Para isso, utilizamos ratas Wistar, que foram alimentadas com uma dieta obesogênica ou dieta padrão durante a gestação e lactação, após término da lactação a prole foi alimentada com a dieta padrão do biotério até último dia de protocolo. No dia 30 de vida os animais foram divididos em quatro grupos de acordo com a dieta e o protocolo de treinamento físico, totalizando 4 grupos: grupo controle, grupo obesogênico, grupo controle exercitado e grupo obesogênico exercitado. Com 74-75 dias, foi realizada a eutanásia da prole treinada e sedentária para análise de tecido. Foram analisados: o consumo alimentar e peso corporal nas mães; na prole, foi analisada a tolerância à glicose e insulina aos 60 dias de idade; a massa de tecido adiposo epididimal e retroperitoneal e dos músculos sóleo, EDL, tibial anterior e gastrocnêmio; a expressão das proteínas Akt, GSK3-β e RP-S6 nos músculos sóleo e EDL. As ratas alimentadas com a dieta obesogênica tiveram aumento no peso e acúmulo de gordura; a prole das ratas da dieta obesogênica com 30 dias diminuiu O peso corporal materno das ratas alimentadas com a dieta obesogênica aumentou. O peso da prole dos 24 DPN até 72 DPN do grupo DMatOb+TF teve um aumento comparação ao grupo DMatOb. Após o fim do protocolo avaliamos tolerância à glicose não houve diferença significativa entre os animais dos grupos DMatOb+TF e DMatOb. Também não houve diferença significativa na massa de tecido adiposo epididimal e tecido retroperitoneal entre os grupos. Já o peso seco, houve aumento significativo nos músculos EDL (DMatOb+TF=0,0112 vs DMatOb+NTF=0,008), sóleo (DMatOb+TF=0,083, vs DMatOb+NTF=0,059) e tibial anterior (DMatOb+TF=0,329 vs DMatOb+NTF=0,034) do grupo DMatOb+TF comparado ao controle, bem como aumento da massa do encéfalo (DMatOb+TF=1,931 vs DMatOb+NTF=1,654) e peso do rim (DMatOb+TF=1,4546 vs DMatOb+NTF=1,243). A expressão da proteína GSK3β no músculo EDL foi observada aumentada nos grupos que realizaram o protocolo de treinamento físico quando comparado aos animais não realizaram. No músculo sóleo, o conteúdo de RPS6 total do grupo Dieta Materna Controle e Treinamento Físico (DMatCtrl+TF) foram menores em relação aos respectivos grupos controle que não realizou o TF (DMatCtrl+NTF). Concluímos que o treinamento físico pode ser uma promissora estratégia para melhora da resistência à insulina induzida pela dieta obesogênica materna. No músculo EDL, a expressão gênica da proteína GSK- 3β parece está envolvida no mecanismo molecular e mais estudos são necessários.