Avaliação da atividade anti-Schistosoma mansoni de novos ftalimido-tiazóis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BARBOSA, Miria de Oliveira
Orientador(a): LEITE, Ana Cristina Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35387
Resumo: A esquistossomose mansônica é considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma doença negligenciada e afeta cerca de 240 milhões de pessoas em todo mundo. A quimioterapia para a enfermidade é composta por apenas dois fármacos, no entanto, apenas um é indicado para o tratamento em massa, o praziquantel. Além de possuir gosto amargo e uma série de efeitos colaterais, há relatos de possível resistência de algumas cepas ao princípio ativo e uma baixa adesão da população ao tratamento. Mediante os fatos acima, a busca por novos fármacos que atuem na forma adulta e forma larval do Schistosoma mansoni é necessária e urgente. Com o objetivo de identificar novos compostos protótipos que possuam atividade esquistossomicida, a atividade anti- S. mansoni de 9 compostos heterocíclicos classificados como ftalimido-tiazol foi testada e analisada. Almejando compreender a relação-estrutura atividade para essa classe de compostos, a atividade esquistossomicida foi determinada por ensaios de efetividade. Camundongos Swiss foram infectados com 120 cercárias e após cinquenta e cinco dias foram obtidos vermes adultos e incubados com as moléculas numa concentração que variou entre 5μg/mL até 100μg/mL durante um período de 144 horas. Os derivados com melhores resultados foram submetidos à análise ultraestrutural onde os parasitos foram incubados por até 48 horas. As moléculas clorossubstituídas (As-06, As-12 e As-13) também foram testadas contra a forma larval do parasito e demonstraram-se ativo mesmo na concentração de 2,5μg/mL e tempo de 48 horas. O composto As-13 demonstrou melhor atividade esquistossomicida e por isso, foi encaminhado ao tratamento vira oral na fase aguda da esquistossomose. Nesse contexto, a análise da mortalidade dos vermes adultos, diminuição da oviposição e a atividade antifibrosante desses compostos indicaram uma tendência na diminuição de vermes adultos recuperados o que pode nos indicar a possibilidade de um novo hit na terapêutica da esquistossomose mansônica.