Restrição dietética intrauterina supraregula componentes do sistema renina angiotensina : efeitos dos antioxidantes α-tocoferol tempol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: RIBEIRO, Fernanda Priscila Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38951
Resumo: A restrição alimentar severa durante a gestação pode programar a síndrome metabólica (SM) na prole adulta, a SM é caracterizada por um conjunto de fatores de riscos metabólicos, que compreende obesidade, resistência a insulina, dislipidemias, hiperglicemia, hipertensão, elevando o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. O tratamento com antioxidantes pode ser uma alternativa para minimizar danos provocados pela desnutrição intrauterina. Desta forma, investigou-se se a restrição dietética materna ou a suplementação com antioxidantes produzem alterações no perfil de estresse oxidativo no tecido adiposo subcutâneo da região inguinal (ISAT, do inglês inguinal subcutaneous adipose tissue) e no rim da prole adulta, e se induzem alterações no perfil de alguns componentes do sistema renina angiotensina (SRA) no rim da prole adulta. Foram usados ratos machos Wistar adultos obtidos de mães controles tratadas com óleo de milho (CV) ou alfa-tocoferol (CTOC) ou tempol (CT) e o grupo restrição, que recebera 50% da dieta, compondo os grupos RV, RTOC e RT. Avaliou-se a atividade da NADPH oxidase no TASI e nos rins, os níveis plasmáticos de TNF-α (fator de necrose tumoral), o receptor de angiotensina II (AT1R) e enzima conversora de angiotensina (ECA2) nos rins e a pressão arterial sistólica (PA). As mães do grupo restrição reduziram o peso durante a gestação, porém não comprometeu o número de filhotes por ninhada, que apresentaram peso inferior quando comparado ao grupo controle, exceto o grupo RT, aos 30 dias de idade essa diferença não existia mais. Os níveis de TNF- α não foram alterados. No tecido adiposo o alfa-tocoferol junto com a restrição alimentar materna aumentaram a produção de ânion superóxido (O2-) dependente de NADPH. Nos rins o aumento do O2- se deu pela atividade aumentada da NADPH no grupo RTOC, sendo reduzido no grupo RT. O tratamento com antioxidantes aumentou a expressão do AT1R no grupo controle e nos grupos RTOC e RV. A ECA2 aumentou sua expressão nos grupos controle e restrição, porém o RT foi reduzido. A restrição alimentar da mãe programou hipertensão na prole aos 90 e 120 dias, mas o tempol preveniu. Estes dados nos permitem concluir que níveis elevados de AT1R nos rins estão subjacentes à elevação da pressão arterial sistólica na prole submetida à restrição intrauterina. Já tempol associado à restrição alimentar materna preveniu a elevação da AT1R e também da PA.