Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Ebenézer de França |
Orientador(a): |
ANTONINO, Antônio Celso Dantas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32748
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Resumo: |
O estudo dos contaminantes emergentes encontrados no solo e nos corpos hídricos tem despertado crescente interesse da comunidade científica, em função dos seus comprovados efeitos prejudiciais aos organismos presentes nas diversas matrizes ambientais. Pesquisas comprovam que muitos medicamentos apresentam persistência no meio ambiente e não são completamente degradados, desta forma, resíduos de fármacos têm sido detectados em águas superficiais e no solo, podendo assim provocar efeitos adversos aos organismos aquáticos e terrestres, bem como à saúde pública. Neste cenário, este trabalho teve como objetivo geral analisar o comportamento sorcivo e a mobilidade do Diclofenaco e do Paracetamol em solo. Nos ensaios foram utilizadas amostras preparadas em triplicatas, na concentração de 50 mg L⁻¹ de cada soluto. Para determinação das cinéticas de adsorção os recipientes foram colocados em mesa agitadora, e alíquotas coletadas em intervalos de tempos pré-definidos, para centrifugação e determinação das concentrações dos solutos. Na determinação das isotermas foram utilizadas diferentes concentrações de solutos, agitadas em mesa agitadora, por 60 h. Os solutos foram quantificados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, utilizando-se fase móvel composta de 10% de água e 89,9% de metanol e 0,1% ácido fórmico. As detecções foram por absorção ultravioleta, com comprimento de onda de 254 nm. Nos ensaios de transporte foram utilizadas colunas de solo sob regime de escoamento permanente, montadas com amostras deformadas de solos. Os ensaios de cinética de sorção mostraram que o equilíbrio de sorção do Diclofenaco foi alcançado em 8 h, enquanto o do Paracetamol em 60 h, não sendo considerados, portanto, instantâneos. Tanto o Diclofenaco quanto o Paracetamol foram pouco retidos nos solos, com isotermas de adsorção não instantâneas, melhor representadas pelo modelo cinético de segunda ordem, bem representadas pelos modelos de Freundlich e de Langmuir, evidenciando o risco potencial de contaminação. Nos ensaios de transporte, os resultados realizados a partir da mistura dos solutos à mesma concentração apresentaram valores idênticos aos resultados individualizados, demonstrando, desta forma, não haver interação significativa entre os solutos no solo. Os pontos das curvas médias de eluição apresentaram um bom ajuste ao modelo convecção-dispersão (CDE). O Diclofenaco apresentou maior valor do fator de retardo, em relação ao Paracetamol, sendo, portanto, mais reativo com o solo considerado. O Paracetamol apresentou maior mobilidade em relação ao Diclofenaco, o que representa seu maior potencial de contaminação dos aquíferos subterrâneos quando lançado no solo de forma direta ou indireta. Resultados similares foram encontrados quando empregados misturados, demonstrando que o processo de mistura não alterou a mobilidade do Diclofenaco e do Paracetamol no solo. O Diclofenaco apresentou maior dispersividade em relação ao Paracetamol. O processo de transporte predominante para os dois solutos foi o difusivo. |