“Não sigo partidos” : Francisco Muniz Tavares na Independência do Brasil, do radicalismo de 1817 à moderação em 1824
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38670 |
Resumo: | De 1817 a 1824, o “Brasil” passou por inúmeras mudanças, efetuadas por sujeitos cuja formação se deu por meio do contato com ideias elaboradas e difundidas no século XVIII. Um desses indivíduos foi Francisco Muniz Tavares (1793-1875), clérigo oriundo da capitania de Pernambuco, formado nas fileiras do liberalismo e das mitigadas luzes portuguesas, e influenciado por experiências concretas de libertação aos vínculos coloniais na América. A presente dissertação busca apresentar uma parte da vida de Francisco Muniz Tavares. Não investigamos todo o curso de sua existência, do nascimento à morte, propomos analisar a trajetória dele na época da Independência do Brasil, examinando como foi sua atuação na Revolução Pernambucana de 1817, considerando os antecedentes desse movimento; o comportamento parlamentar dele nas Cortes de Lisboa de 1821-1822 e na Assembleia Constituinte do Brasil de 1823, nas quais ocupou a função de deputado, representando Pernambuco; e por fim, a negativa em participar da Confederação do Equador em 1824. No decorrer desses anos, Francisco Muniz Tavares não permaneceu com as mesmas opiniões. Foi um revolucionário republicano em 1817, mas em 1824 defendeu a monarquia constitucional, sendo um dos expoentes na defesa da adesão de Pernambuco a D. Pedro. Flutuando entre o absolutismo e o republicanismo, Francisco Muniz Tavares foi um caso representativo das possibilidades de vinculação política na Independência do Brasil, processo de cunho internacional, pois cortava os laços com Portugal, e ao mesmo tempo, provincial, já que buscou a consolidação junto às diversas regiões da América Portuguesa, algumas das quais apresentaram resistência. |