Identificação de geossistemas e sua aplicação no estudo ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio São Miguel - Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SOUZA, Júlio César Oliveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10562
Resumo: O estudo da natureza pela geografia no âmbito acadêmico tem a preocupação de desvelar os mecanismos que regem o funcionamento do meio natural e como os seus componentes interagem e permitem o relacionamento com as partes que o integram. Dentre as teorias geradas pela geografia na perspectiva da conexão entre as partes de um todo, a noção de análise integrada trazida pela teoria geral dos sistemas de Bertalanffy (1975) fora adaptada por Sotchava (1977) na perspectiva de agregar os elementos componentes do meio natural e o fator humano e assim, partições territoriais que guardam certa interação entre seus componentes passam a denominar-se de geossistema e podem ser avaliadas dentro desta concepção. Pautado nesta expectativa, este estudo buscou identificar e analisar os geossistemas e os geofácies da bacia hidrográfica do rio São Miguel, localizada na porção centro-meridional-leste do estado de Alagoas. Para tal, adotou-se o relevo como o eixo central no reconhecimento dos geossistemas devido a sua plasticidade aos modos de uso humano, diante das transformações do ambiente pela integração dos sistemas físicos, socioeconômicos e bióticos. Foi realizado o levantamento diagnóstico através da utilização de ferramentas tecnológicas de geoprocessamento e de SIG como os softwares SAGA-UFRJ 2007 e Quantum GIS 1.8.1 tendo como base cartográfica, as cartas topográficas do IBGE na escala 1:50.000 e da SUDENE, na escala 1:100.000 que serviram de apoio para o mapeamento temático de toda a bacia. Este estudo foi fundamental para a identificação dos geossistemas e de suas geofácies na área de estudo. O reconhecimento da dinâmica ligada ao uso do solo de cada geossistema permitiu também conhecer as transformações ambientais que ocorreram na bacia ao curso dos anos e os seus efeitos na estrutura natural da mesma. Foram realizadas quatro campanhas de campo para a validação secundária de dados e serviram também para uma visão perspectiva de toda a área de estudo. A revisão teórica demonstrou que o estudo da natureza na geografia física pode ser feito sob vários prismas, mas que ao se adotar o geossistema nesta função, há de se reconhecer suas limitações no tocante a um método de campo adaptado as condições naturais brasileiras, pois estas ainda advêm de práticas que emanam da geografia européia. Portanto, a partir destes estudos, foi sugerida uma proposta de zoneamento geográfico para toda bacia, considerando a característica de cada sistema ambiental e suas limitações de uso, visando sugerir novas formas de ocupação daquele espaço. Assim este trabalho ao final, mostrou que a abordagem geossistêmica é uma interessante ferramenta teórico-metodológica que pode ser aplicada ao estudo da natureza na geografia.