Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
ALVES, Virginia de Oliveira |
Orientador(a): |
REGO, Lucia Maria Lins Browne |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24974
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Resumo: |
A ortografia tem uma função social relevante, reflete tentativa de unificar a escrita, possibilitando facilidade na comunicação. É objeto de conhecimento obrigatório nas escolas, ensinado e cobrado a sua correção em diferentes níveis de ensino. Estudos com crianças falantes de diferentes línguas têm procurado contribuir para a compreensão dos obstáculos enfrentados pelas crianças ao aprender ortografia. O presente estudo tem por objetivo investigar a aquisição inicial das regras do nosso sistema ortográfico que envolvem a nasalização, considerando as habilidades cognitivas envolvidas nesse processo, investigando se crianças com diferentes hipóteses quanto à marcação da nasalização na escrita se diferenciam em relação à consciência fonológica do contraste oral/nasal. A investigação foi realizada com 108 alunos da alfabetização a 2ªsérie do Ensino Fundamental, de escolas localizadas em Recife, com idades entre 6 anos e 10 anos. A amostra foi organizada em quatro grupos, considerando a escola de origem – pública ou particular, e o tempo de escolaridade em relação à aquisição do sistema de escrita alfabética. Cada uma das crianças foi submetida à tarefa de escrita de palavras e de pseudopalavras, e a tarefas de consciência fonológica. Inicialmente, realizamos a análise do desempenho das crianças em cada uma das tarefas, com o objetivo de conhecer o desempenho de cada grupo. Em seguida, realizamos comparações entre os diferentes grupos nas diferentes tarefas. Por último, avaliamos o desempenho das crianças nas tarefas de consciência fonológica a partir do seu desempenho na tarefa de escrita de palavras e pseudopalavras. A produção de cada criança na tarefa de escrita de palavras e de pseudopalavras foi classificada de acordo com as categorias de desempenho para a representação das vogais nasais. Apenas 31% das crianças apresentaram produções com marcação completa. Ao atingir a fase alfabética, a criança não adquire de imediato as convenções ortográficas para marcar as vogais nasais. As tarefas de consciência fonológica exigem habilidades cognitivas diferentes. A consciência do contraste oral/nasal a nível do fonema vocálico na sílaba inicial foi mais difícil do que a nível do fonema vocálico no final da palavra. Na comparação entre os grupos, verificou-se que as crianças com um ano a mais da escola particular estão mais evoluídas quanto à consciência fonológica do que as crianças da escola pública com o mesmo tempo de escolaridade; e as crianças que apresentam melhores desempenhos em relação à marcação da nasalização na escrita também apresentam níveis de consciência fonológica mais complexos. À medida que a criança começa a demonstrar na escrita a preocupação com a distinção da representação da vogal oral e da vogal nasal, sua consciência fonológica em relação ao contraste oral/nasal também evolui. Os resultados indicam que explorar o conhecimento lingüístico das crianças, proporcionando-lhes desenvolver conhecimentos metalingüísticos, pode facilitar o desenvolvimento em relação à aquisição das regras ortográficas. |