Avaliação de serviços hidroclimáticos em bacias hidrográficas de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, Felipe Alcantara de
Orientador(a): MONTENEGRO, Suzana Maria Gico Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41025
Resumo: Os serviços ambientais são traduzidos como processos que podem ser responsáveis por satisfazer as necessidades essenciais da sociedade, seja pela oferta direta de produtos naturais ou pela manutensão de sistemas naturais de suporte, por isso, este documento procura ofertar algumas experiências da prática na avaliação e quantificação a partir de estudos dirigidos para alguns dos serviços ambientais hidroclimáticos. Objetivou-se avaliar tais serviços ambientais hidroclimáticos nas superfícies das bacias hidrográficas pernambucanas aonde se desenvolvem atividades agrícolas, multiplos usos ou ainda caracterizam-se como zonas de estresse hídrico. Para tal, utilizou-se técnicas de sensoriamento remoto, sistemas de informação geográfica e geoprocessamento interligados a modelos hidrológicos e climáticos, como os algoritmos SEBAL e METRIC. Com R2 superiores a 54% de significância, variando até 78% para a bacia do GL1, a temperatura pôde ser relacionada à cobertura florestal, mesmo em escala regional. A temperatura média das quadrícolas variou para menos, entre 0,4 - 0,8 graus a cada 100 hetares de cobertura florestal, dependendo da quantidade de solo exposto da sub bacia em questão.precipitação efetiva na sub bacia GL1, considerando o mosaico atual de uso do solo e os estádios de saturação do solo, variou até 42% e na bacia do Una foi de até 60,2%. O escoamento variou em afluencia e em relação ao percentual de cobertura. A reserva vegetal da bacia GL1 atuou fortemente para diminuir os valores médios de escoamento do mosaico. Na mesma região, só que na microbacia do Prata houve grandes discrepâncias na qualidade das águas dos reservatórios de abastecimento analisados, principalmente relacionados à turbidez e parâmetros biológicos. O valor máximo de turbidez encontrado para bacia do Prata foi de 0,5 uT, enquanto que para o Tapacurá o máximo foi de 121,2 uT. A variedade de cobertura ainda permitiu observar uma variação de até 4° C entre os diferentes tipos de alvos de superfície da zona da mata Pernambucana. Para o sertão além da temperatura foi possível mapear a evapotranspiração regional, permitindo utilizar tais dados para diagnosticar o fluxo do recurso em regiões de considerável escassez. Mapeou-se valores máximos de evapotranspiração real de até 11,04 mm/dia nessas regiões. Métodos inicialmente realizados em território Pernambucano, mas replicável para outros limites paisagísticos, devem subsidiar por fim, a tomada de decisão e a adequação das políticas públicas relacionadas à qualidade e quantidade da água das bacias, já que estas podem ser influenciadas pelo clima, cobertura vegetal, topografia, tipo e o uso do solo. Os modelos aqui abordados, permitiram não só observar que áreas com maior cobertura natural ajudaram a regularizar serviços essenciais, mas também se mostraram como eficientes ferramentas de quantificação e avaliação dos mesmos.