Efeito da esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda na colopatia da hipertensão porta na esquistossomose mansônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Rosalí Esmeraldo Justo, Claudia
Orientador(a): Teixeira Brandt, Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3062
Resumo: Na Colopatia da Hipertensão Porta (CHP) os achados endoscópicos mais freqüentes incluem: hiperemia, manchas hiperêmicas, aumento da trama vascular, telangiectasias, angiodisplasia e varizes retais. Os efeitos das várias terapias sobre as varizes esofagianas, nos pacientes cirróticos portadores de CHP, têm sido avaliados. A esclerose endoscópica e a ligadura das varizes esofagianas não parecem afetar a prevalência e os achados endoscópicos e histológicos da CHP. Contudo, não existe estudo similar em portadores de esquistossomose na forma hepatoesplênica (EHE). O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da esplenectomia, ligadura da veia gástrica esquerda e auto-implante de tecido esplênico no omento maior, na CHP de jovens portadores de EHE, que tinham se submetido a esse procedimento entre 9 e 20 anos. Vinte e dois pacientes foram submetidos a colonoscopia para avaliação das alterações no colon. Os pacientes não tinham antecedentes de hemorragia digestiva baixa. No grupo-I, pós-operatório, com média de seguimento cirúrgico de 79 meses, foram incluídos 8 pacientes do gênero feminino e 5 do masculino. As idades variaram de 13 a 22 anos, com média de 18,8 ± 3,2 anos. No grupo-II, pré-operatório, foram incluídos 6 pacientes do gênero feminino e 3 do masculino. As idades variaram de 9 a 20 anos, com média de 14,0 ± 3,1 anos. Os achados endoscópicos nos dois grupos foram respectivamente (grupo-I vs grupo-II): telangiectasias- 100 vs 100 %; Aumento da trama vascular - 53,8 vs 100 %; angiodisplasia- 7,7 vs 37,5 %; manchas hiperêmicas- 7,7 vs 37,5 %; hiperemia- 7,7 vs 25 %; variz retal- 0,0 vs 55,5 %. Foram evidenciadas alterações mais significantes no grupo II, pré-operatório (x2 = 6,932, p= 0,00847), sobretudo com relação às varizes retais. Os achados histológicos das biópsias da mucosa colônica não diferiram, significantemente, entre os dois grupos e se traduziram, principalmente, por infiltrado inflamatório crônico e ectasia vascular. Os achados dão suporte a hipótese de que a esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda repercute positivamente, em um longo seguimento, nos achados endoscópicos da colopatia da hipertensão porta em portadores jovens de EHE submetidos a este procedimento