História de vida e construção da identidade docente de professores universitários leigos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: ZIMMERMANN, Ivoneide Maria de Melo
Orientador(a): SOUZA, Edilson Fernandes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51636
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo verificar como se constrói a história de vida e a identidade docente do professor leigo em uma Instituição de Ensino Superior Pública. Define- se “Professor Leigo” como o professor que não teve formação para a docência, mas que teve formação técnica específica para atuar como profissional liberal e que prestou concurso público para o magistério superior. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo exploratório, combinada com pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas. Foram entrevistados dois professores do curso de Odontologia e dois do curso de Medicina, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), utilizando-se a metodologia da História Oral. Utilizou-se entrevista semiestruturada e questionário para obtenção de dados sócio demográficos; pesquisa bibliográfica nas fontes de dados: Scielo e Catálogo de teses e dissertações da CAPES; e levantamento de documentos institucionais da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida. Observou-se que muitos jovens anseiam por uma profissão de destaque que lhes proporcione uma boa remuneração, então a Odontologia e a Medicina, com seus amplos campos de atuação parecem preencher esses requisitos. Ser professor, após a conquista da profissão liberal tão almejada, torna-se viável e com possibilidade dessa outra profissão proporcionar prazer, felicidade e reconhecimento social. A docência superior não pode ser vista como uma ocupação secundária, mas, como outra qualquer, que requer conhecimentos específicos, disponibilidade de tempo e aprendizado constante. A docência é na realidade uma atividade complexa, que envolve vários aspectos, como conhecimentos pedagógicos, conhecimentos profissionais e relações interpessoais. Consiste em uma relação indissolúvel e em constante construção entre professor, aluno e conteúdo a ser trabalhado para melhor atender as demandas sociais e profissionais da sociedade. Os participantes do estudo fizeram referência a grande satisfação que é ser professor, e se sentem orgulhosos por pertencerem a UFPE, que o convívio com os jovens é muito gratificante, mas que as cobranças institucionais para conseguir progressão na carreira são muitas e a remuneração, foi referida por alguns entrevistados, como um fator que dificulta uma maior dedicação à docência. Por tratar-se de uma atividade que está exposta a muitas exigências, sendo passível se vivenciar conflitos pessoais e profissionais que podem afetar a percepção de satisfação e até mesmo a saúde desses profissionais.