Associações de polimorfismos no gene MMP ao desfecho clínico e às características laboratoriais na leucemia mieloide aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MARTINS, Elaine Cristina Fontinele
Orientador(a): SILVA NETO, Jacinto da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Patologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36845
Resumo: As Metaloproteinases de Matriz (MMPs) são enzimas proteolíticas conhecidas por seu papel crítico na metástase, apoptose, proliferação e angiogênese de tumores malignos. Particularmente, MMP2 e MMP9 foram correlacionadas com a invasão celular e progressão tumoral em vários tipos de câncer, como pulmão, mama, cervical e ovário. No entanto, dados sobre a influência das MMPs em tumores não sólidos ainda são escassos. A Leucemia mieloide aguda (LMA) é uma doença de caráter multifatorial e de grande heterogeneidade clínica e biológica; devido a isso existe uma busca crescente por marcadores que ajudem no refinamento do prognóstico dos pacientes. Nesse estudo, investigamos dois polimorfismos de base única no gene MMP em pacientes com LMA, associando estes achados às características laboratoriais, sobrevida global (SG), sobrevida livre de doença (SLD) e taxa de remissão completa (RC). 88 pacientes adultos diagnosticados com LMA foram incluídos em nosso estudo; destes todos foram genotipados para o polimorfismo MMP2 C>T (rs243865) e 85 foram genotipados para o polimorfismo MMP9 A>G (rs17576). As frequências observadas para o MMP2 foram: 67% C/C, 29,5% C/T e 3,4% T/T; para o MMP9 as frequências foram 37,5% A/A, 47,7% A/G e 11,4% G/G. O polimorfismo do gene MMP9 mostrou diferença estatística (p= 0,039) na sobrevida livre de doença quando comparamos pacientes heterozigotos A/G e homozigotos variantes G/G aos pacientes homozigotos selvagens A/A, indicando que esses pacientes tem pior prognóstico. Para o polimorfismo do gene MMP2, o alelo homozigoto selvagem C/C pode estar associado ao desenvolvimento da LMA em indivíduos mais jovens (p=0,030). Nas demais variáveis analisadas, os polimorfismos estudados não parecem ter relevância na LMA.