Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
FONTENELE, Ana Lúcia Arruda |
Orientador(a): |
SOUZA, Valdênia Maria Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Administracao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16505
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Resumo: |
A resposta imune contra Giardia lamblia e as alergias, em área endêmica para infecções por helmintos e este protozoário. tem sido estudada. IgE e isotipos IgG anti-Ascaris lumbricoides (Asc) podem modular a atopia e a alergia. Neste estudo, avalia-se a presença de anticorpos IgE ,IgG1, IgG4 anti Asc e a produção de citocinas Th1 (IL-2/IFN-γ/TNF-α), Th2 (IL-4/IL-10), Th17 (IL-17/IL-6) em crianças infectadas por G.lamblia, sem infecção concomitante por helmintos, bem como a frequência de asma e/ou rinite. Para isso, um estudo caso-controle aninhado em um estudo transversal utilizando questionário padrão para a alergia de vias aéreas, análises coproparasitológicas. Realizou-se testes imunoenzimáticos para detecção de anticorpos anti-Asc e cultura de células de sangue para mensuração dos níveis de citocinas em sobrenadante e intracelular. A amostra foi composta por 211 crianças: 53 infectadas / asma/rinite (GA); 39 não infectadas/asma/rinite (A); 62 infectadas / não / asma / rinite (G); 57 não asma/rinite/não infectadas (NA+NG), com idades entre 2-10 anos. Infecção por G.lamblia foi acompanhado pelo aumento dos níveis de IgG1, mas não IgE ou IgG4.anti Asc. A produção de IL-6 foi semelhante entre os grupos, mas a produção de IL-2, IL-4 e IFN- foi maior em crianças infectadas. TNF-α foi produzido em níveis mais elevados em crianças alérgicas, enquanto que a IL-10 esteve em níveis elevados em crianças infectadas/asma/rinite. Em crianças infectadas com IgG1 anti-Asc positivo houve maior produção do TNF-α e IL-10 e menor frequência de alergia quando comparou com IgG1 anti-Asc negativo (OR = 0,392; IC = ,168-,914; p = 0,02). Para análise do coteúdo de citocinas intracelular, foi observada menor frequência de células CD4+/IFN-+ e CD4+/IL-17+ no grupo GA, quando comparado com o grupo NG+NA. Não houve diferença na frequência de células CD4+/IL-4+ entre os grupos. A frequência de células CD4+/IL-17+ foi inferior em crianças somente infectadas (G). Em conjunto, um perfil Th1/Th2 foi estimulado nos pacientes infectados, com IgG1 anti-Asc circulante e houve maior produção de IL-10 e TNF-α com frequência de alergia vias aéreas mais baixa. Além disso, estes achados apontam um perfil predominante de Th2 (IL-4 acompanhada de menor nível de IFN-) com baixo potencial inflamatório (menos IL-17) em crianças infectadas por G. lamblia com asma e/ou rinite. Estes resultados destacam a importância de uma melhor avaliação dos subtipos de IgG em A. lumbricoides e G. lamblia em áreas endêmicas, especialmente no que diz respeito à estratégia de prevenção ou dessensibilização para reações alérgicas. |