É PRECISO TER RAÇA: As formas de organizações Informais no cotidiano das Mulheres negras da favela Bola de Ouro Território de maioria negra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: José Raimundo, Valdenice
Orientador(a): Régia Fernandes Gehlen, Vitória
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9937
Resumo: A presente investigação analisa as mudanças sociais ocorridas através da organização informal no cotidiano das mulheres negras da favela Bola de Ouro, percebendo a favela enquanto um território de maioria negra. A favela Bola de Ouro situa-se no Curado IV - Jaboatão dos Guararapes - Pernambuco. O estudo foi realizado com mulheres que se identificaram como negras, uma vez que, na sociedade brasileira o mito da democracia racial compromete a identidade e a unidade da população negra. A pesquisa traçou uma relação entre o passado histórico do negro em geral, e em particular, das mulheres negras com a atualidade. Para isto se utilizou o levantamento bibliográfico. Os dados empíricos foram obtidos por meio da observação participante e da entrevista semi-estruturada, e analisados através do método qualitativo. O estudo considerou ainda as questões de gênero, raça e classe. A pesquisa evidencia que ocorreram mudanças no cotidiano das mulheres negras a partir de suas organizações informais que se manifestam como alternativa de resistência às situações advindas da pobreza e das desigualdades presentes na condição de mulher e negra na sociedade brasileira. Procura-se contribuir para o Serviço Social e a sociedade de maneira geral, dando visibilidade à experiência de mulheres negras faveladas que até mesmo diante da falta de acesso a direitos elementares, criam e recriam o seu lugar e a sua história com imaginação, solidariedade, desejos e sonhos para a vida de sua família. Da resistência ao comodismo-resistente, entre a força e a fraqueza, essas mulheres negras, influenciadas pelo discurso de igualdade de direitos presentes nos movimentos feminista e negro, e a partir da organização informal, vão elaborando na sua vivência cotidiana uma releitura da sua realidade social, buscando meios para transformá-la