Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
BEZERRA, Jairo Dias |
Orientador(a): |
AMARAL, Romilton dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16245
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Resumo: |
Estudos radioecológicos com dosimetria ambiental vêm sendo realizados mundialmente, principalmente para avaliar os níveis de radiação natural oriundos dos radionuclídeos primordiais presentes na crosta terrestre, tais como o 40K e os radionuclídeos das séries do 238U e do 232Th. Estes radionuclídeos são os que mais contribuem para a exposição gama externa em ambientes fechados, principalmente quando localizados em áreas que apresentam níveis diferenciados de radiação natural. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo, determinar as taxas de doses efetivas externas dentro das residências, dose “indoor”, localizadas próximas à jazida de urânio do município de São José de Espinharas no estado da Paraíba, que contêm altos níveis de radionuclídeos terrestres, os quais constituem os Materiais Radioativos de Ocorrências Naturais (NORM). Para caracterizar o estudo radiométrico, foram instalados 178 conjuntos de dosímetros termoluminscentes, com três TLDs do tipo LiF:Mg, Ti (Fluoreto de Lítio dopado com Magnésio e Titânio) nos quartos das residências, sendo substituídos a cada 90 dias. Toda pesquisa foi realizada no período de dezembro de 2012 a novembro de 2014. As taxas de doses efetivas ambientais calculadas para São José de Espinharas variaram de 0,71 a 2,07 mSv.a-1, com média de 0,90 mSv.a-1. Municípios adjacentes à área de estudo também foram monitorados no referido estudo, destacando-se: São Mamede, São José do Sabugi, Patos e Santa Luzia com valores intervalares e médias de 0,77 a 1,41 mSv.a-1 (0,94 mSv.a-1); 0,90 a 1,67 mSv.a-1 (1,13 mSv.a-1); 0,77 a 0,93 mSv.a-1 (0,87 mSv.a-1) e 1,10 a 1,27 mSv.a-1 (1,18 mSv.a-1), respectivamente. A média geral do referido estudo ficou em torno de 0,99 0,10 mSv.a-1, correspondendo a um valor médio que é 2,5 vezes superior ao estimado para ambientes fechados conforme o Comitê Científico das Nações Unidas para os Efeitos das Radiações Atômicas (UNSCEAR) que é 0,41 mSv.a-1. Estes valores conferem aos municípios, influências exclusivas de materiais radioativos de ocorrências naturais devido à formação geológica da região, quando levado em consideração os níveis desses radionuclídeos. Observa-se que os resultados obtidos nesta monitoração radioecológica, não permite propor nenhuma condição de contaminação "indoor" sem antes monitorar a água, os alimentos, os materiais de construção, como também os habitantes para se predizer qualquer condição de risco real que esteja associada a população desses municípios. |