Análise do processo erosivo de uma encosta no bairro de Bom Jesus – Ilha de Itamaracá/PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BEZERRA, Jonas da Silva
Orientador(a): FERREIRA, Silvio Romero de Melo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
DPL
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46050
Resumo: Os processos erosivos dependem da interação de vários fatores, como a erosividade, erodibilidade, cobertura vegetal, relevo e o manejo do solo. O monitoramento e análise mecanismos da erosão possibilitam informações à minimização ou a mitigação dos processos erosivos. O objetivo da pesquisa é analisar o processo erosivo de uma encosta no Bairro de Bom Jesus município de Itamaracá-PE. Para isto, foram realizadas campanhas em campo (144 ensaios) e laboratório (1005 ensaios) para a caracterização geomecânica, dispersibilidade e erodibilidade do solo. No comportamento geomecânico foram feitos os ensaios de permeabilidade in situ, curvas características, adensamento e o cisalhamento direto. Na avaliação da dispersibilidade e erodibilidade realizaram-se: Ensaio do Torrão, Furo de Agulha, DPL e Inderbitzen Modificado. A área também foi mapeada com uso de VANT e as erosões foram delimitadas e quantificadas (utilizando a USLE). A caracterização física da encosta apresenta áreas do primeiro e segundo terço mais suscetíveis a erosão, com granular alto (acima de 60%) e aumento de solos finos Próximo ao Sopé (acima de 50%). A encosta apresenta caulinita, não indicando expansão, embora há indícios de dispersão além de solo condicionado ao colapso. O terceiro terço da encosta possui uma sucção 5 a 7 vezes menor, além de um adensamento 4 vezes maior que outras áreas. A caracterização mecânica em laboratório (cisalhamento direto) e em campo (DPL) indicam camadas superficiais no Topo da Encosta mais resistentes que as regiões abaixo, retardando os processos erosivos. Na análise da erodibilidade, o Inderbitzen modificado mostra ser um equipamento prático e com resultados satisfatórios, onde a taxa de desagregação encontrada é de 88 kg/m2 com a umidade seca ao ar evidenciando a maior erodibilidade. O mapeamento demonstra quantidades de sulcos distintas por corte, o Corte A apresenta menor quantidade de sulco, com taxa de desagregação na ordem de 310 kg/m2. A USLE identifica uma perda global de 920 kg/m2, considerando as perdas a partir do retaludamento da encosta. Por fim, as informações obtidas auxiliam no entendimento da dinâmica erosiva da encosta, e têm potencial para apoiar estudos na RMR, auxiliando as intervenções em áreas erodidas.