Aspectos econômicos, sociais e ambientais da expansão da soja no Cerrado do Piauí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: de Souza Lima, Edivane
Orientador(a): de Sá Barreto Sampaio, Yony
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3743
Resumo: Analisam-se, nesta tese, os aspectos econômicos, sociais e ambientais da expansão da soja na fronteira agrícola do Piauí. Para realização da análise, utiliza-se o modelo Shift- Share, a matriz de Insumo-Produto e análise tabular de dados de pesquisa de campo. Com o método Shift-Share constata-se que o aumento da produção ocorre, sobretudo, por meio da ampliação da área cultivada e, em menor expressão, da produtividade. A maior contribuição do efeito área vem da parcela substituição que explica mais da metade do efeito total ocorrido na produção. Por meio dos coeficientes de impactos da matriz de insumo-produto, são calculados os impactos indiretos sobre a produção, o emprego e a renda na região nordeste. Constata-se que há importante contribuição para a expansão do emprego indireto, uma vez que a atividade se interliga com outros setores da economia. Nos municípios, as informações do Ministério do Trabalho indicam que o emprego formal cresce à medida que aumenta a área de soja. Os impactos indiretos sobre a renda também apresentam magnitude considerável, ressaltando que os efeitos nos municípios são apenas frações dos efeitos totais. Com base nas informações coletadas em campo, por meio de questionários, constata-se que os produtores de soja adotam tecnologias e formas de manejo adequadas. A grande maioria utiliza o sistema de plantio direto e a rotação de culturas, de maneira a reduzir o revolvimento do solo. As formulações indicam baixa utilização de nitrogênio na adubação e predominância do uso de defensivos com baixo teor toxicológico, o que torna remota a possibilidade de contaminação indireta da água. Não ocorrem grandes evidências de erosão, os terrenos apresentam baixa inclinação e a vegetação nativa nas encostas tem sido mantida. A área ocupada de soja convive com áreas relativamente amplas de cerrado preservadas. Como consequência, podese concluir que a soja tem tornado o cerrado do Piauí uma região dinâmica, com efeitos econômicos e sociais importantes e com impactos ambientais pequenos, capazes de serem controlados, caso sejam monitorados adequadamente