Índice de Felicidade Local (IFL): Uma Proposta Teórico-Metodológica de Construção de Uma Medida de Desenvolvimento Social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTOS, Breno Bittencourt
Orientador(a): FONTE, Eliane Maria Monteiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16183
Resumo: A presente pesquisa alinha-se à perspectiva de Desenvolvimento Social, na qual se propõe que, para além de critérios econômicos, o desenvolvimento deve ser mensurado também a partir das dimensões sociais, políticas, culturais e emocionais relativas aos indivíduos, grupos e territórios. Nesta perspectiva, os estudos da felicidade buscam determinar o nível de satisfação dos indivíduos com suas próprias vidas, sendo levada em consideração a análise de fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais, culturais e emocionais que podem apresentar relação com a felicidade do indivíduo. A questão que norteou este estudo foi: quais são os fatores e em que medida eles podem servir de parâmetros para a construção de uma medida de desenvolvimento social baseada na mensuração da felicidade? O objetivo geral da pesquisa foi construir uma proposta teórico-metodológica de medida de desenvolvimento social baseada na felicidade, intitulada de Índice de Felicidade Local (IFL) e aplicar o IFL a uma amostra populacional composta por habitantes dos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Para isso, foram utilizados procedimentos estatísticos variados, especialmente a técnica de análise de regressão multivariada, testes de correlação e testes de diferenças de médias. Como resultados verifica-se que a população apresenta altos índices de desigualdade socioeconômica e vulnerabilidade social, especialmente no que tange à escolaridade, aos rendimentos dos trabalhadores e às posições no mercado de trabalho. Neste estudo, observou-se que os indicadores de bem-estar subjetivo apresentam maiores inter-relações com os níveis de felicidade dos indivíduos do que os indicadores objetivos de bem-estar social. Dentre os indicadores de bem-estar subjetivos analisados, constata-se que os indicadores relativos à satisfação com o poder de compra/ capacidade de consumo e à satisfação com as relações familiares e de amizade são os que apresentam maior influência na felicidade dos indivíduos. Estes resultados demonstram que, no contexto analisado, a felicidade tende a ser influenciada por aspectos materiais e não materiais de condições de vida. Por fim, verifica-se que, dentre os grupos populacionais investigados, os imigrantes tendem a apresentar piores condições de bemestar subjetivo e de felicidade que os não migrantes.